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ONGs melhoram relações entre vizinhos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quando equilibrava bolas de
tênis em um semáforo no Itaim
Bibi, há quatro anos, José Antenor de Souza, 23, nem imaginava que um dia daria aulas para
um público parecido com o que
entretinha no sinal vermelho.
Morador do Grajaú, ele foi
um dos muitos que saiu da situação de vulnerabilidade com
a ajuda de projetos sociais organizados pela comunidade.
Na região, 37% afirmaram
participar de organizações ou
movimentos sociais. O extremo
sul é o local da cidade onde
mais pessoas (7%) participam
de associações de bairro. A média paulistana é de 5,6%.
O ex-malabarista conheceu o
tênis, esporte do qual tornou-se professor, por meio da ONG
Favela Open, que promove torneios no Capão Redondo e foi
idealizada por Jorge Nascimento, que morava no distrito.
No vizinho Jardim Ângela,
considerado o local mais violento do mundo pela ONU em
1996, há 150 ONGs, estima Joel
Costa, da Sociedade Santos
Mártires. Morador do distrito
desde o final dos anos 1980,
Costa convivia com chacinas
freqüentes. "Vivíamos em uma
roleta-russa. As pessoas da
própria comunidade começaram a se organizar, despertou-se essa necessidade. As ações
aproximaram o poder público."
A relação entre vizinhos
também melhorou. No Jardim
Ângela, a vizinhança foi eleita a
principal qualidade (18%). Na
região, foi a terceira qualidade
mais mencionada (11%).
(TB)
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