|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Transporte ao Grajaú inclui até balsa
Carol Guedes/Folha Imagem
|
|
Balsa sai da ilha do Bororé, na represa Billings, levando ônibus
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Região com os distritos mais
distantes do centro, o extremo
sul fica ainda mais longe para
quem atravessa águas, terra,
buracos e corredores sem vias
alternativas. A nota às opções
de transporte é 5,4, pior entre
as regiões. O tempo até ao trabalho é de 44,6 minutos (a média de SP é de 37,4).
O Grajaú, distrito mais povoado da cidade, com 420 mil
moradores, é o que registrou
pior avaliação ao transporte na
cidade (nota 4,2) e o recordista
paulistano em tempo de deslocamento: 61,9 minutos.
É lá que começa a odisséia do
vendedor Ailson do Nascimento, 19. Ele sai às 4h30 da ilha do
Bororé - na verdade, uma península na represa Billings-
em um ônibus que precisa subir numa balsa para atravessar
a água. Quando ela enguiça, os
motoristas desviam pela avenida Paulo Guilguer Reimberg
-ou "Poeirinha", como a chamam -, demorando mais 20
minutos. Ailson ainda pega um
trem e outro ônibus até a Consolação, num percurso de 40
km e mais de duas horas.
O extremo sul, com pouco
mais de um quinto da população municipal, concentra 48%
das viagens de ônibus, segundo
a SPTrans. A superlotação acabou em violência em março,
quando passageiros que não
conseguiam embarcar depredaram coletivos na estrada do
M'Boi-Mirim, principal acesso
ao Jardim Ângela -distrito
com a segunda pior nota ao
transporte (4,3).
(JP)
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: O pior: Cidade Ademar tem pior nota para o verde Índice
|