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Grafites feitos por Pato ilustram esta edição
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Foi só aos 24 anos que André
Monteiro, o Pato, começou a
grafitar os muros que encontrava a muito custo no extremo
sul de São Paulo. Hoje com 32
anos, o grafiteiro que ilustra esta edição nunca deixou de produzir, se mantendo envolvido
com alguma forma de arte.
Se "quando moleque, quando
era punk" sua marca nas paredes era apenas de pichação, a
criatividade aflorou e se desenvolveu enquanto estudou na
Escola Técnica Estadual Carlos
de Campos, voltada para cursos
artísticos. "Fiz de teatro de bonecos a cinema com massinha,
depois que comprei uma câmera em 1995", lembra.
Pato passou ao grafite pela
facilidade que ele proporcionava. "Cinema, teatro, para tudo
isso a gente precisa de outras
pessoas. Como eu não queria
depender de ninguém, vi no
grafite uma boa forma de me
expressar sozinho", diz o artista, que mora na mesma casa onde nasceu, na Vila Isa.
Na região menos urbanizada
e portanto com menos muros, o
mais difícil foi achar espaços
adequados. Procurando aqui e
ali, a partir do Jardim São Luís
e outros bairros próximos ao
rio Jurubatuba -mesmo muros pequenos-, ele acabou
conseguindo ser visto até em
Londres, onde expôs neste ano
na exposição Street Art Brazil,
na Galeria 32, anexa à embaixada do Brasil.
(JP)
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