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LAZER
Skate e história convivem no parque
Esportistas e visitantes do Museu Paulista, com acervo sobre origens do país, se reúnem no Parque da Independência, no Ipiranga
Danilo Verpa/Folha Imagem
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Alexandre Bettega anda de skate com o filho Cainã no Parque da Independência
JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Entre esplanadas verdes, a
pista que desce do Museu Paulista à estátua de Dom Pedro 1º,
no Ipiranga, é aprovada por
skatistas locais, como o estudante de direito Lucas Gil, 20, e
de outros bairros, como o visual
merchandiser Alexandre Bettega, 34, morador da Mooca
(zona leste).
Ensinando o filho Cainã, 5,
que segura por um braço enquanto mantém o equilíbrio
com o outro, Bettega elogia o
asfalto da pista, refeito em setembro do ano passado. "Sempre andei aqui, mas, desde então, ficou excelente", afirma,
com o sorriso do pequeno Cainã deixando clara a herança no
gosto pelo skate. Descalço, Lucas faz coro -"dá para manobrar sem medo de se ralar."
Moradores da zona sul avaliam melhor as áreas para a prática de esportes do que a média
dos paulistanos -4,7 contra 4.
Ipiranga está entre os que obtiveram melhor nota no quesito
(5,1), atrás só de Moema (7,1) e
Vila Mariana (7). O distrito tem
o maior percentual de equipamentos esportivos da cidade
-7,32%, segundo a Secretaria
Municipal de Planejamento.
Obras de arte
Erguido em 1890, em modelo
simplificado de palácio renascentista, como monumento à
Independência, o Museu Paulista passou a ser mantido pela
USP em 1963, voltado para a
pesquisa histórica.
É o que pode se chamar de
um museu que faz parte da própria história que conta, como
diz a professora Myoko Makino, 64 anos de vida, 39 deles
cuidando do acervo iconográfico do local -também conhecido como museu do Ipiranga.
Há um ano e meio, essa característica é reforçada pela exposição "Imagens Recriam a
História", ilustrando a formação de São Paulo em pinturas
de Benedito Calixto ("Fundação de São Vicente"), Oscar Pereira da Silva ("Fundação de
São Paulo"), Almeida Jr. ("Partida Monção"), além do "Independência ou Morte", de Pedro
Américo.
A professora ainda recomenda a maquete "Cidade de São
Paulo em 1841", de Henrique
Bakkenist. "Ela foi construída
em 1922, no centenário da Independência, baseada em um
mapa cadastral que mostra como era a cidade em 1841."
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