São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011 |
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Curso renomado dispensa aval Para analistas, nova regra do MEC quer acabar com falsos programas COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O fato de uma instituição ter ou não o reconhecimento do MEC (Ministério da Educação) para dar cursos de MBA é secundário em relação ao status dessa escola no mercado, opinam analistas. Desde maio, o CNE (Conselho Nacional de Educação) não mais credencia instituições não educacionais para terem o aval do MEC ao ministrar cursos de pós-graduação e MBA no país. Agora, só IES (Instituições de Ensino Superior) e instituições que já tinham credenciamento especial para funcionar terão seus certificados de pós afiançados pelo órgão. Na avaliação de Armando Dal Colletto, secretário-executivo da Anamba (Associação Nacional de MBA) e diretor da BSP (Business School São Paulo), a regra é uma tentativa de regulamentação desses programas no país. "A sigla MBA se transformou em uma palavra mágica e todo mundo a quer no currículo. Na prática, o programa é voltado a executivos que pretendem desenvolver capacidade de análise, de decisão e de gestão e que tenham experiência profissional." Nesse sentido, a medida, diz Paulo Speller, presidente da Câmara Setorial do CNE, impactará apenas entidades desconhecidas e que usam a designação "MBA" para programas que nem sempre se caracterizam como tal. "Universidades corporativas, fundações, ONGs e entidades de classe poderão ministrar esses cursos, mas não terão o diploma reconhecido pelo MEC", frisa. "Instituições não educacionais renomadas continuarão funcionando normalmente e serão reconhecidas por outros indicadores, como a qualidade de seu quadro de docentes." IDIOSSINCRASIAS No Brasil, segundo o Ministério da Educação, o MBA é uma pós "lato sensu" com carga horária mínima de 360 horas e professores com título de especialização. Pelos critérios da Anamba, a carga deve ser de 480 horas. Para Graziella Comini, conselheira do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas), que integra a Rede Folha de Empreendedores Socioambientais e abre em 2012 seu primeiro MBA em negócios socioambientais, a nova legislação tem "idiossincrasias". "O Ipê é credenciado para dar curso de mestrado profissional, cujos requisitos para reconhecimento são mais rigorosos do que os de uma pós", argumenta. (MCN) CARGA HORÁRIA 480 horas Essa foi a carga horária mínima definida pela Anamba (Associação Nacional de MBA) para reconhecer, no país, um curso como MBA INCONTÁVEIS GESTÃO É PREFERENCIAL Não há contagem oficial de quantos MBAs existem no Brasil. Entre os mais disputados estão os de gestão econômica de negócios e os de gestão empresarial Texto Anterior: Na escola: Educadora analisa demanda Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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