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Área abriga Mercadão e confecções
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A vocação comercial da área
central, presente desde os primórdios da cidade, ainda é para
seus moradores a principal
qualidade da região. Segundo
30% dos entrevistados pelo Datafolha, comércio e serviços são
o que o centro oferece de melhor. A média da cidade é 21%.
Na região, estão centros comerciais como o Mercado Municipal, a zona cerealista, a rua
25 de Março e as confecções
atacadistas do Brás e do Bom
Retiro, além da ampla oferta de
produtos especializados.
Dono de uma loja de eletrônicos na rua Prates, Byung Jun
Park, 49, adotou o nome Júlio
para facilitar a compreensão
dos fregueses. Ao lado da loja
funciona um açougue, onde são
vendidos cortes especiais para
o gosto coreano.
Segundo a CDL (Câmara de
Dirigentes Lojistas), 70% das
lojas da região do Bom Retiro
-que tem 70 mil clientes diários- são administradas por
sul-coreanos.
O local ainda reúne imigrantes italianos e do leste europeu,
além da comunidade judaica
que, a partir dos anos 1970, migrou do Bom Retiro para Higienópolis.
Judeus estão mais presentes
nos distritos de Consolação
(6%) e Santa Cecília (6%). Liberdade (5%) e Sé (5%) concentram as pessoas que se auto-atribuem a cor amarela.
Na rua da Graça, o professor
de judaísmo Pedro Kauffman,
24, leciona na sinagoga Kehilat
Israel, a primeira de São Paulo,
de 1912. Ex-morador de Higienópolis, Kauffman fez o caminho inverso da maioria da comunidade e hoje mora no Bom
Retiro, onde é grande o convívio com coreanos.
(JP)
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