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TEMPO LIVRE
Pinacoteca e galerias são atrações
Com 6.000 obras, o mais antigo museu de SP é rodeado pelo Jardim da Luz; CCBB e museus de Arte Sacra e Anchieta integram roteiro
JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mais antigo museu de São
Paulo em atividade, a Pinacoteca do Estado pode ser admirada
tanto pelo lado de dentro quanto pelo de fora. Projetada por
Ramos de Azevedo para abrigar
o Liceu de Artes e Ofícios, foi
inaugurada em 1905 e hoje
guarda em seus corredores
mais de 6.000 obras de artistas
brasileiros, como Antonio Parreiras e Oscar Pereira da Silva,
além de abrigar exposições nacionais e internacionais.
Por fora, o prédio é emoldurado pelo Jardim da Luz, espaço concebido como jardim botânico, aberto como parque público e depois cortado para a
construção da ferrovia São
Paulo Railway, quando se originou a Estação da Luz. Desde
2004, a Estação Pinacoteca, na
rua Mauá, forma uma espécie
de anexo, com ingressos válidos
para os dois espaços.
Quase ao lado da Pinacoteca,
o Museu de Arte Sacra, abriga
800 objetos de igrejas de todo o
país, enquanto, na Praça da Sé,
o Museu Anchieta expõe as
transformações ocorridas no
Pátio do Colégio. Perto dali, na
esquina das ruas da Quitanda e
Álvares Penteado, está o CCBB
(Centro Cultural Banco do Brasil), com salas de exposições, cinema, teatro, auditório.
Para ver, mas também comprar, diversas galerias se espalham pelo centro, desde o Copan até as galerias especializadas em determinados artigos.
No edifício cartão-postal, por
onde circulam 9.000 pessoas
diariamente, o Café Floresta é
parada obrigatória há mais de
30 anos, mas ainda há novidades como a loja do estilista cearense Walério Araújo -também morador do prédio.
Na rua 24 de Maio, na República, a Galeria do Rock resiste
à onda MP3, em lojas tradicionais como a Baratos Afins -
que chegou a lançar discos de
bandas como Fellini e Ratos de
Porão-, London Calling (esta
na galeria Presidente, bem ao
lado) e a Estrondo, freqüentadas pela jornalista Renata Honorato, 26. Moradora de Ribeirão Pires, aos 15 anos, ela encarava 40 quilômetros para ir à
galeria, que, hoje, está bem
mais próxima de sua casa, na
rua Marquês de Itu. "Comprava fitas demo de bandas que só
achava lá", conta. Já na Sete de
Abril, a "galeria da foto", há lojas especializadas como a Angel, uma das poucas revendedoras da marca alemã Leica.
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