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Clínicas de estética se expandem na cidade
Homens já representam 40% do público das clínicas; empresário gasta até R$ 1.000 por mês com tratamentos estéticos
Entre as opções mais procuradas estão redução de gordura localizada e de manchas, depilação a laser
e tratamento facial
DA FOLHA RIBEIRÃO
Desde dezembro, o empresário Willian de Moraes Brito, 30,
dedica seis horas por semana
para cuidar da aparência. Os
gastos podem chegar a R$ 1.000
por mês, mas os resultados, segundo ele, que desde então passou do manequim 44 para o 40,
compensam.
Nos últimos cinco anos, a
procura do público masculino
por tratamento estético em Ribeirão cresceu 40%, segundo o
mercado. Entre os tratamentos
oferecidos estão redução de
gordura localizada, peeling de
cristal, tratamentos para manchas, rejuvenescimento e enrijecimento muscular e depilação a laser da barba.
Já as mulheres buscam tratamentos de gordura localizada
no abdome, celulite, depilação
definitiva e tratamentos faciais.
Uma sessão para reduzir gordura localizada custa de R$ 35 a
R$ 3.000, dependendo da combinação de tecnologias.
"O mercado está em franca
expansão, possibilitada pela
tecnologia em produtos e equipamentos e a participação de
novos públicos. Hoje, de cada
dez pacientes que chegam à clínica, quatro são homens", disse
a empresária Luciana Sensini,
da Fisioforma.
Entre as novidades em Ribeirão há a radiofreqüência associada ao plasma, aparelho que
emite radiação em contato com
tecidos, quebrando os tecidos
adiposo e fibroso.
Ribeirão tem cerca de 500 estabelecimentos do segmento,
entre clínicas, salões de beleza
e profissionais autônomos. Na
Vigilância Sanitária, que fiscaliza e regulamenta o funcionamento desses locais, foram cadastradas sete novas clínicas de
estética desde 2007.
A cidade também atrai empresas de olho nesse mercado.
Uma das estratégias de expansão da Dermage, empresa de
dermocosméticos de origem
carioca, foi a abertura de franquia em Ribeirão. "A intenção
era fortalecer a marca em São
Paulo e a cidade conhecida como capital do agronegócio não
poderia ficar fora", disse Renato Pinto, diretor da franquia,
aberta no último mês.
Para Aline Rosado, 21, a morena da banda É o Tchan, cuidar da beleza é terapia, além de
exigência do trabalho. "Cuido
mesmo depois que entrei para
o grupo. O dinheiro ajudou, já
que o custo não é baixo." Ela faz
academia todo dia e vai à clínica
quatro vezes por semana.
Já a empresária Cacilda Belentani, 53, afirmou que cuidar
da aparência é um estímulo para suas atividades. "Tudo melhora, até profissionalmente."
Para Rosângela Chiodi, coordenadora do curso de cosmetologia e estética do Centro Universitário Barão de Mauá, a ascensão do mercado exige qualificação. "Como a profissão não
é regulamentada, tem muita
gente trabalhando por empirismo, que joga o nome do setor
na lama."
Os salões de beleza também
começam a se diferenciar para
atender o público em espaço
mais luxuoso. Segundo a Secretaria da Fazenda, entre 2006 e
2008, o número de salões passou de 113 para 138.
"O interesse é a satisfação,
por isso o diferencial é um espaço para receber a pessoa como se ela estivesse na casa de
um amigo", disse Dijô Reis, sócio do Fiuss, aberto há dois
anos.
(MT E FC)
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