São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Gastronomia reúne várias cozinhas e é cheia de influências

Setor cresceu 19% em dois anos e possui casas italianas, portuguesas, espanholas, francesas, tailandesa e indiana

Entre os 599 restaurantes espalhados pela cidade, há ainda representantes das cozinhas mexicana, japonesa, chinesa e árabe


DA FOLHA RIBEIRÃO

Com influência de vários cantos do mundo, mas sem perder a pitada brasileira, o parque gastronômico de Ribeirão Preto se destaca pela sofisticação e a abrangência. É possível encontrar restaurantes que oferecem pratos italianos, portugueses, franceses, espanhóis, tailandeses, indianos, mexicanos, árabes, japoneses e chineses, entre outros. O mercado cresceu 19,56% em dois anos.
São 599 restaurantes na cidade hoje, ou um a cada 913 moradores, contra os 501 existentes em 2006.
"Quando fazemos cozinhas de outros países, temos que deixar claro que são cozinhas de influência, que têm suas raízes nessa culinária. A sofisticação culinária envolve desde a escolha dos elementos até o conhecimento do profissional e o respeito que ele deve ter com o alimento", disse João Roberto Pereira Silva, dono do La Pyramide, considerado o melhor restaurante de comida francesa no Brasil em 2006 e eleito chefe do ano em 1997 pelo Guia Quatro Rodas -o primeiro fora do eixo Rio-São Paulo.
Para ele, a herança culinária em Ribeirão tem origem principalmente na culinária mediterrânea, com raízes na cozinha francesa, italiana e espanhola, além da influência do Oriente. Silva disse ainda que, ao contrário do senso comum, o conhecimento da população em culinária e em boa comida é muito grande. "Há um público da cidade que viaja muito e conhece outras culturas."
No La Pyramide, que tem lugar para 18 pessoas, sem gerente ou garçom, só é possível degustar pratos da cozinha francesa mediante reserva, de terça a sábado, num ambiente que cheira ervas finas -cultivadas e colhidas antes do amanhecer.
A aposta do Insieme, restaurante italiano, é uma comida elaborada para se fazer "extraordinária pelo resultado", de acordo com José Ricardo Mekitarian, dono da casa, inaugurada há nove meses.
As massas, frescas, assim como pães e sobremesas, são todas preparadas no restaurante. Há também um carta de vinhos elaborada em parceria com a Enoteca Fasano e duas enotecas da capital, com opções que vão de R$ 50 a R$ 700. A casa comporta 48 pessoas e também trabalha com reservas.
Segundo Mekitarian, a decisão de abrir o restaurante foi a identificação de um público muito sensível à boa comida, que gosta de variar ambientes.
Um sabor mais exótico pode ser experimentado no Goa Lounge, baseado na culinária brasileira, mas com temperos e especiarias indianas, como cardamomo, curry, molho shutney, páprica, canela e cravo, além de drinques tailandeses.
"A comida tem essa característica mais picante devido às especiarias. Entre as opções há um palmito grelhado à moda indiana, e o arroz com leite de coco e uvas passas", disse Leandro Faraoni, 24, dono da casa.
A decoração também é típica, com bangalôs e bambus e um lounge montado ao ar livre. "A idéia era ter um espaço indiano e tailandês e incorporar aos poucos eventos de arte e culturais." Como o local funciona também como lounge, há cobrança de R$ 30 (homens) e R$ 20 (mulheres), que podem ser consumidos no local.
Entre as opções de comida árabe estão as receitas caseiras do Mabruk. De acordo com Alessandra Marchesan, gerente da casa, o restaurante tem a marca da família. "Todas as receitas são da avó da proprietária, da tradicional família Aude, de origem libanesa."
Entre as opções do restaurante estão esfiha aberta, com verdura e nozes. O gasto médio da casa é de R$ 35. (MARCELO TOLEDO E FERNANDA CICILLINI)


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