|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Gastronomia reúne várias cozinhas e é cheia de influências
Setor cresceu 19% em dois anos e possui casas italianas, portuguesas, espanholas, francesas, tailandesa e indiana
Entre os 599 restaurantes espalhados pela cidade, há ainda representantes
das cozinhas mexicana, japonesa, chinesa e árabe
DA FOLHA RIBEIRÃO
Com influência de vários
cantos do mundo, mas sem perder a pitada brasileira, o parque
gastronômico de Ribeirão Preto se destaca pela sofisticação e
a abrangência. É possível encontrar restaurantes que oferecem pratos italianos, portugueses, franceses, espanhóis, tailandeses, indianos, mexicanos,
árabes, japoneses e chineses,
entre outros. O mercado cresceu 19,56% em dois anos.
São 599 restaurantes na cidade hoje, ou um a cada 913 moradores, contra os 501 existentes
em 2006.
"Quando fazemos cozinhas
de outros países, temos que
deixar claro que são cozinhas
de influência, que têm suas raízes nessa culinária. A sofisticação culinária envolve desde a
escolha dos elementos até o conhecimento do profissional e o
respeito que ele deve ter com o
alimento", disse João Roberto
Pereira Silva, dono do La Pyramide, considerado o melhor
restaurante de comida francesa
no Brasil em 2006 e eleito chefe
do ano em 1997 pelo Guia Quatro Rodas -o primeiro fora do
eixo Rio-São Paulo.
Para ele, a herança culinária
em Ribeirão tem origem principalmente na culinária mediterrânea, com raízes na cozinha francesa, italiana e espanhola, além da influência do
Oriente. Silva disse ainda que,
ao contrário do senso comum,
o conhecimento da população
em culinária e em boa comida é
muito grande. "Há um público
da cidade que viaja muito e conhece outras culturas."
No La Pyramide, que tem lugar para 18 pessoas, sem gerente ou garçom, só é possível degustar pratos da cozinha francesa mediante reserva, de terça
a sábado, num ambiente que
cheira ervas finas -cultivadas
e colhidas antes do amanhecer.
A aposta do Insieme, restaurante italiano, é uma comida
elaborada para se fazer "extraordinária pelo resultado",
de acordo com José Ricardo
Mekitarian, dono da casa, inaugurada há nove meses.
As massas, frescas, assim como pães e sobremesas, são todas preparadas no restaurante.
Há também um carta de vinhos
elaborada em parceria com a
Enoteca Fasano e duas enotecas da capital, com opções que
vão de R$ 50 a R$ 700. A casa
comporta 48 pessoas e também
trabalha com reservas.
Segundo Mekitarian, a decisão de abrir o restaurante foi a
identificação de um público
muito sensível à boa comida,
que gosta de variar ambientes.
Um sabor mais exótico pode
ser experimentado no Goa
Lounge, baseado na culinária
brasileira, mas com temperos e
especiarias indianas, como cardamomo, curry, molho shutney, páprica, canela e cravo,
além de drinques tailandeses.
"A comida tem essa característica mais picante devido às
especiarias. Entre as opções há
um palmito grelhado à moda
indiana, e o arroz com leite de
coco e uvas passas", disse Leandro Faraoni, 24, dono da casa.
A decoração também é típica, com bangalôs e bambus e
um lounge montado ao ar livre.
"A idéia era ter um espaço indiano e tailandês e incorporar
aos poucos eventos de arte e
culturais." Como o local funciona também como lounge, há
cobrança de R$ 30 (homens) e
R$ 20 (mulheres), que podem
ser consumidos no local.
Entre as opções de comida
árabe estão as receitas caseiras
do Mabruk. De acordo com
Alessandra Marchesan, gerente da casa, o restaurante tem a
marca da família. "Todas as receitas são da avó da proprietária, da tradicional família Aude,
de origem libanesa."
Entre as opções do restaurante estão esfiha aberta, com
verdura e nozes. O gasto médio
da casa é de R$ 35.
(MARCELO TOLEDO E FERNANDA CICILLINI)
Texto Anterior: Na rua: Rapidez e marcas atraem consumidoras Próximo Texto: Frases Índice
|