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Av. Independência concentra balada hoje
Nos anos 90, Presidente Vargas, Treze de Maio e Nove de Julho se revezaram no título de "point" dos bares da moçada
Migração dos lugares da moda se deve à dinâmica
do mercado, segundo o presidente do sindicato
dos bares e restaurantes
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Presidente Vargas já abrigou a balada de Ribeirão Preto
nos anos 90, com Chopp Loko,
Willy, West Club, The Bar... A
Treze de Maio também já foi
um dos points da cidade, assim
como a Nove de Julho. Mas, hoje, a avenida que concentra os
bares da moçada é a Independência, no trecho acima da Nove de Julho.
Mais que o fechamento de
bares, a cidade viveu nos últimos anos uma autêntica migração de regiões que abrigam os
estabelecimentos, reflexo dos
incrementos no setor de serviços, como transporte, o surgimento de novas vias e a valorização imobiliária.
Hoje, a Independência tem
12 opções para jantar e/ou curtir uma boa balada, o que não
existia na década passada. Entre as variadas opções estão a
Água Doce Cachaçaria, Jordiano, Paiol, Cervejarium, Chopp
Time Street e S.A. Outra região
que se destaca é o Boulevard.
Nos anos 90, quando a Treze
de Maio e o Jardim Paulista
concentraram os bares, já havia
a formação de um núcleo na
Presidente Vargas, que reinou
até o início desta década.
Hoje, a Presidente Vargas segue com vida noturna, mas a
vocação mudou. Saíram casas
que funcionavam até as 4h ou
as 5h e ficaram, em sua maioria,
barzinhos e restaurantes, como
Rancho Grill Choperia, Na Onda do Peixe, Churrascaria Ribeirão, Picanha e Cia, Picanha
Fatiada e Recanto da Picanha.
"Ocorre essa migração porque é um fluxo do mercado. A
localização influi muito no tipo
de estabelecimento que você
quer montar e no público que
deseja atingir. Como o mercado
é dinâmico, acompanha a evolução", disse Carlos Frederico
Marques, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Ribeirão.
Baladeiro desde os 15 anos, o
investidor imobiliário Álvaro
Elmor, 35, disse que "migrou"
várias vezes na vida. "Quando
você é novo, tudo também é
muito novo, então você quer
conhecer tudo, não tem ainda
um perfil. A partir do momento
em que vai ficando mais velho,
vai procurando outras coisas, é
natural", afirmou Elmor.
Até os 20, ele freqüentava
praticamente apenas boates.
Após essa idade, começou a optar mais por bares e lounges.
"Tudo faz parte de uma renovação. Um bom exemplo da migração são as boates, que seguem bem a moda. Depende do
tipo de música, da decoração,
além de ser voltada para um
público mais jovem, que quer
sempre novidade. E tudo isso
muda rápido", disse Marques.
Túnel do tempo
Na década de 80, as boates se
espalhavam pela cidade -Chatanooga, Zoom e Shunshine são
três exemplos.
Uma década depois, os fãs do
bate-estaca passaram a ter a
Downtown e a Spacatto.
Já no final dos anos 90, a Life,
na Presidente Vargas -onde
antes já tinha funcionado o Café Cancun, hoje no Novo Shopping- era um dos points preferidos da moçada, que depois migrou para o Royal Park, para
curtir a Paparazzi.
De lá, a balada foi para a avenida José Adolfo Bianco Molina, na Dot Club, que fechou há
cinco anos, até completar a viagem dos 152 anos de Ribeirão
estacionando em pontos como
Vila Dionísio e Zucker.
(FERNANDA CICILLINI e MARCELO TOLEDO)
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