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DIREITO
PARA EXERCER A ADVOCACIA, É PRECISO ANTES SER APROVADO NO EXAME DA OAB
Conhecimentos em outras áreas ajudam profissional
DA REPORTAGEM LOCAL
Saber muito sobre mercado financeiro, ecologia ou telecomunicações pode fazer diferença no concorrido mercado da carreira
de direito.
Só neste ano, devem se formar
nesse curso no Estado de São Paulo quase 27 mil pessoas. O número de formandos triplicou em nove anos -em 93, foram 8.500.
Dos cerca de 450 mil advogados
que atuam no país, cerca de 160
mil trabalham no Estado.
Para driblar essa enxurrada de
profissionais, o conselho é se dedicar bastante desde o início do
curso e não deixar que o estágio
obrigatório atrapalhe os estudos.
"Fui buscar uma especialização
fora do direito para me auxiliar na
advocacia do direito mobiliário
[área em que trabalha"", conta o
advogado Murilo Utsch Glória,
24. Ele faz um curso voltado para
profissionais de mesa de operação de mercado e administradores de fundos de investimento na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros).
Segundo o advogado, o objetivo
é buscar conhecimentos que não
são adquiridos na faculdade.
"Não tenho escritório de papai.
Com a especialização, dá para
compensar a dificuldade de entrar no mercado."
Para o diretor da Faculdade de
Direito da USP, professor Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi, conhecimentos de outras áreas devem ajudar o profissional de direito a dirimir conflitos para os
quais ainda não há respostas.
"Questões ligadas à internet e à
bioética são exemplos disso. Por
essa razão, ao aluno de direito não
basta o conhecimento técnico. É
preciso cultura geral e leitura diária de jornais."
Para tornar-se advogado, o bacharel em direito precisa ser
aprovado no Exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Em São Paulo, a OAB aplica três
exames por ano. Na prova realizada em abril deste ano pela
OAB-SP, 81% dos 14.221 inscritos
foram reprovados. Foi o pior índice de aprovação desde que o
exame foi instituído, em 1973.
"É muito importante estudar
em uma boa faculdade. Quem estuda em curso ruim acaba com
um diploma que não serve para
nada", afirma o presidente nacional da OAB, Rubens Approbato.
Entre os ramos do direito em
que o profissional poder atuar estão o direito tributário, o direito
econômico, o direito civil, o direito penal e o direito trabalhista.
Habilidades de argumentação, de
análise e de conciliação ajudam a
obter sucesso na carreira.
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