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Ruim na cidade, pior na estrada
Se não solucionados, pequenos problemas provocam grandes aborrecimentos na viagem
FABRÍCIO SAMAHÁ
ESPECIAL PARA A FOLHA
Um pequeno problema notado
no uso diário do veículo pode
causar um grande aborrecimento
se não for sanado antes da viagem. Isso porque a velocidade, as
serras e os eventuais congestionamentos forçam mais o carro.
O antídoto contra dores de cabeça é a manutenção preventiva:
revise a mecânica do carro e resolva os defeitos antes da viagem,
pois será bem mais difícil (e caro)
tentar saná-los na estrada.
Algumas verificações podem
ser executadas pelo motorista, como a caça a eventuais vazamentos
de óleo, água ou combustível.
Além disso, é possível checar os
níveis de óleo (se for preciso completar, procure usar a mesma
marca), do líquido do sistema de
arrefecimento do motor (não dispense o aditivo) e da gasolina da
partida (em carros a álcool).
Em oficina, inspecione as velas e
as correias. Se o motor estiver falhando, mande revisar os sistemas de injeção (ou o carburador,
em carros antigos) e de ignição.
De acordo com a quilometragem da futura viagem, pode-se
antecipar as trocas do óleo do motor e do seu filtro, dos filtros de ar
e de combustível, das velas e da
correia dentada do comando de
válvulas (se houver). O manual
traz os intervalos recomendados.
Ainda na companhia de mecânicos, confira o estado das coifas
da transmissão, o ajuste da embreagem e os níveis de óleo da
transmissão e de fluido da direção
hidráulica (se houver).
Suspensão
O estado dos amortecedores deve ser checado em máquina apropriada, o "shock tester". Um sinal
da perda de ação é quando o carro
oscila muito, demorando a cessar
o movimento ao passar por irregularidades. Se precisar substituí-los, faça aos pares por eixo.
Examine o estado e o desgaste
dos pneus e a sua calibragem. Embora a legislação exija 1,6 mm de
sulcos como mínimo para os
pneus, por segurança devem ser
trocados antes, ao atingir 3 mm.
Descarte-os se encontrar bolhas
ou cortes. No estepe, use pressão
30% acima da mais elevada do
veículo, para compensar perdas
de ar por armazenamento.
Balancear e alinhar as rodas evita vibrações e desgaste prematuro
ou irregular. Se houver diferença
acentuada de desgaste entre os
pneus dianteiros e traseiros, efetue o rodízio, invertendo-os.
Quanto ao sistema de frenagem,
o mecânico deve checar a espessura das pastilhas e das lonas. Se o
nível de fluido estiver baixo, não
adicione: prefira trocá-lo, o que
deve ser feito a cada dois anos.
Examine todas as lâmpadas, o
alinhamento dos faróis, o estado
das palhetas do limpador de pára-brisa e o nível de água do lavador.
Levar correias, velas, fusíveis e
lâmpadas pode ser útil, pois um
mecânico de estrada não terá
grande variedade deles.
Distribua a bagagem de forma a
concentrar o peso mais à frente e
o mais baixo possível, para menor
prejuízo à estabilidade do automóvel. Se for necessário utilizar
bagageiro de teto, coloque nele os
objetos mais baixos e leves, não
ultrapassando 50 cm de altura acima da capota.
Fabrício Samahá é editor do site Best
Cars
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