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COPA 2002
Copa-94, Coréia, família
A Copa do Mundo da Coréia do
Sul e do Japão, que começa no
próximo dia 31, talvez seja a mais
importante de toda a trajetória de
Ricardo Teixeira nos bastidores
do futebol brasileiro e mundial.
A conquista do título não apagará os erros do passado, mas poderá reforçar a imagem de um dirigente empreender e vitorioso
que Teixeira se esforça para cultivar. Já um desastre do time de
Luiz Felipe Scolari será, sem dúvida, creditado aos problemas vividos pela CBF nos últimos anos.
Ciente da importância do primeiro Mundial na Ásia, Teixeira,
como já havia feito em 1994 nos
EUA, se embrenhou na preparação da seleção, na montagem da
delegação e nos bastidores do
maior evento esportivo do planeta. Foi ele, por exemplo, quem fechou o acordo com a Prefeitura de
Ulsan, onde a seleção ficará hospedada na Coréia, segundo o qual
a administração da cidade irá custear quase todas as despesas do time na primeira fase, inclusive
traslados aéreos pelo país.
O dirigente pressionou os coreanos na última hora. No Rio de
Janeiro, os anfitriões da seleção,
constrangidos, aceitaram as condições impostas pela CBF.
Neste ano, Teixeira se aproximou de Scolari e deu apoio ao técnico. Também contratou Rodrigo
Paiva, assessor pessoal do atacante Ronaldo para o cargo de assessor de imprensa da seleção. O
chefe da delegação é Weber Magalhães, presidente da federação
do Distrito Federal e amigo pessoal do dirigente. Enfim, se existe
mesmo uma "família Scolari", ela
está intimamente envolvida por
outro clã, o de Teixeira.
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