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Lingüística, letras e artes
Fã de letras segue trilhas da África e da Espanha
Pós-graduados podem dar aulas de espanhol e de cultura africana
HELENA FRUET
Colaboração para a Folha
Quem resolve se especializar nas áreas de artes, letras e lingüística segue quase o mesmo caminho dos pós-graduandos em ciências humanas.
Nessas três carreiras, também é muito comum os titulados seguirem sua profissão como pesquisadores ou dando aulas no ensino superior.
Quem se dedica a letras e lingüística terá muito o que estudar se olhar para além das fronteiras do país. Nessas duas especialidades, a Espanha e a África começam a se tornar frutíferos campos de pesquisa.
Um grande incentivo para saber mais sobre a língua e a literatura dessas duas localidades vem do governo federal.
Quem se especializar pode encontrar boas oportunidades nas escolas. Isso porque leis federais tornaram obrigatório o ensino do espanhol como língua estrangeira na grade curricular do nível médio.
A legislação também exige que sejam desenvolvidos nos ensinos fundamental e médio tópicos relativos à África, em especial aos países relacionados com a escravidão.
O casal Vima Lia e Ivan Martín avistou nessas duas áreas uma boa oportunidade profissional. Ele é doutor em literatura espanhola, e ela, doutora em estudos comparados de literaturas de língua portuguesa.
Depois de terem concluído a pós-graduação, eles contam que são bastante requisitados para atuar como professores em universidades.
"Em vez de ensinar os alunos, queríamos ensinar os professores. Hoje, damos aulas no curso de letras da USP. Eu trabalho com a questão da herança cultural da África no Brasil", esclarece Vima Lia.
Psicologia cênica
"Há grandes possibilidades também para quem apostar na multidisciplinaridade", comenta o representante de letras e lingüística da Capes, Benjamin Abdala Júnior.
Cada vez mais profissionais buscam um curso de pós-graduação distinto de sua área de formação. É o caso da psicóloga Carolina Vita, que fez especialização em artes cênicas pensando em usar os conhecimentos no consultório e mudou de ares: virou professora do curso de especialização em dança. "Uso a psicologia para ajudar nas aulas de artes", conta.
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