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Pinheiros é recordista em barulho
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Enquanto 11% dos moradores da zona oeste consideram o
barulho o principal problema,
em Pinheiros, esse índice é
mais que o dobro: 24%. É o distrito da capital com mais reclamações de barulho. Já no ranking do Psiu -serviço da prefeitura para reclamações sobre
barulho-, a Subprefeitura de
Pinheiros está em segundo,
com 2.537 notificações, perdendo apenas para a da Mooca
(dados até agosto).
Carros e bares são apontados
por moradores como as principais razões para o excesso de
ruídos. "Foram oito meses até
me acostumar", reclama o engenheiro Emir Baruky, 53, morador da rua Cardeal Arcoverde
(Pinheiros). "[Os veículos] passam a mais de 80 km, inclusive
os ônibus. Além de irritarem,
podem causar acidentes", diz.
Na boêmia Vila Madalena,
que integra o distrito de Pinheiros, a lei seca diminuiu a
incidência de motoristas que
saem de bares cantando pneu,
afirma a auxiliar administrativa Katia Cristina de Souza, 35,
que sempre morou lá. Os pedestres, porém, continuam ruidosos, especialmente entre o
fechamento dos bares -geralmente às 3h- e a abertura do
metrô -às 4h40. "Enquanto
caminham e esperam, eles conversam e todo mundo acaba
ouvindo", conta o motorista
particular Wladimir Lahoz, 53.
Jardim Paulista (18%) e Perdizes (16%) são, respectivamente, o terceiro e quarto distritos que mais registraram
queixas de barulho na cidade.
O embate entre ruas estreitas e crescimento comercial dá
dor de cabeça em Perdizes, onde a rua Doutor Homem de
Melo, entre outras, "acabou virando rota de passagem e se
tornou um inferno", conta a
professora Beatriz Burza, 55,
moradora há 22.
(JP)
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