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Juca Kfouri
Agora sim: Paulistão!
Mesmo com a concorrência da Libertadores no meio da semana, o que era inha virou ão
SÃO PAULO E CORINTHIANS já jogaram uma vez neste ano, jogarão de novo pelas semifinais do Estadual, outras duas pela decisão da Recopa Sul-Americana, mais duas pelo Brasileirão e podem fazer as semifinais da Libertadores.
Oito Majestosos num mesmo ano só aconteceram em 1999 --três pelo Brasileirão com vitórias alvinegras, três pelo Paulista com uma vitória para cada lado e um empate, e dois pelo Rio-São Paulo, com um empate e uma vitória tricolor.
Neste 2013 o Corinthians saiu na frente ao vencer o da interminável primeira fase do Paulistinha.
Não resta dúvida que a semifinal do próximo fim de semana, no Morumbi, faz do Paulistinha, que virou Paulista nas quartas de final, o esperado Paulistão.
Ainda mais após a fria e calculista goleada imposta pelo Corinthians à Ponte Preta, típica dos times que escolhem o momento de jogar e ainda são capazes de impor sua superioridade sem maiores desgastes.
Verdade que enfrentará o tricolor na casa dele, depois de voltar da Bombonera e ainda com o Boca Juniors pela frente em seguida, divisão que o São Paulo também viverá ao ter de pegar o Galo no Independência, a Bombonera mineira.
Se o Corinthians foi impiedoso ao enfiar 4 a 0 na Ponte, o São Paulo, com tarefa bem mais fácil, sofreu mais de 70 minutos para fazer um golzinho, e contra, do zagueiro Jaílton, do Penapolense. Rogério Ceni salvou o São Paulo com quatro defesas, e um milagre no fim.
Já a outra semifinal, se não tem esta majestade toda, tem um risco sério para o Santos, que terá de ir jogar em Mogi Mirim contra o surpreendente time local.
Jogo duríssimo, contra o time que tem o ataque mais positivo do Estadual e que só perdeu para um grande, o Corinthians, pois venceu os reservas do São Paulo e empatou com Palmeiras e Santos, com Neymar e tudo, na Vila, além dos impressionantes 6 a 0 que impôs ao Botinha.
Por falar em Neymar, para eu aprender a nunca mais discordar de mestre Tostão, comunico que, infelizmente, mudei de opinião e engrosso a fileira dos que defendem que ele vá para a Europa.
Não para agradar patrocinadores que têm fatias de seus direitos ou por qualquer outra razão menor.
Mas porque, se o Santos teve a coragem e a capacidade de mantê-lo no país, o país da CBF não tem nem uma coisa nem outra para promover as condições que fariam a permanência valer a pena para ele.
Neymar virou a Geni da música de Chico Buarque. Agora é moda vaiar o menino, provocar o craque, exigir dele mais do que pode entregar, além de submetê-lo a desgastes desnecessários em disputas irrelevantes. Se entendi a coluna de ontem, o PVC também se rendeu. Além, até, de Muricy Ramalho.
Hora de Neymar ir para Pásargada, ser amigo do rei.
Azar nosso.