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Sufocante, Atlético põe São Paulo na roda
LIBERTADORES
Mesmo com a vantagem do jogo de ida, time mineiro pressiona são-paulinos desde o princípio
Até os 18 min do segundo tempo, era apenas uma noite triste para o São Paulo: derrota fora de casa e a eliminação da Taça Libertadores.
A partir daí, o Independência viu a humilhação de um time tricampeão do maior torneio da América do Sul.
Aos gritos de olé e engolido pelo Atlético-MG do início ao fim da partida, a equipe paulista se despediu de sua competição preferida com um soco na cara, uma incontestável goleada por 4 a 1.
Que somado à derrota por 2 a 1 em casa, na semana passada, levou a soma do placar final do confronto para 6 a 2. Do tamanho do abismo que separou os times ontem.
A equipe que desafiou o Atlético-MG na rodada final da fase de grupos da Libertadores e lhe impôs sua única derrota na competição se tornou apenas mais uma vítima dos mineiros no Independência, arena onde não perdeu desde a reinauguração, em abril do ano passado.
O São Paulo pode até alegar que não teve Osvaldo, um dos seus principais jogadores na temporada, barrado por dores no quadril. Mas é pouco para explicar tamanha diferença entre os dois times.
Com 15 segundos, o Atlético-MG já quase marcava, mas Jô chutou por cima. Na sequência, a falta de Ronaldinho acertou o travessão.
Empurrado pelo barulho infernal e constante produzido pela sua torcida, o time da casa era intenso, sufocante, não mostrava intenção nenhuma de controlar a vantagem criada no jogo de ida.
O São Paulo perdia todas as bolas longas, sempre lançadas na cabeça de Jô, e era rapidamente desarmado. Assim, não tinha como segurar a intensidade do adversário.
O gol saiu naturalmente. Bernard, baleado por dores no ombro, fez a parede na frente de área da equipe paulista, e Jô tirou de Rogério.
Pelos 45 minutos seguintes, era claro que o Atlético- -MG ficaria com a vaga, mas não que haveria a goleada.
Então, aos 18 min, em um lateral que parecia despretensioso, Leandro Donizete tocou de cabeça para Jô marcar.
O São Paulo desabou. No minuto seguinte, Toloi errou recuou de cabeça para Rogério. Diego Tardelli se antecipou e tocou de cobertura.
O quarto gol também não tardou. Defesa são-paulina desarmada, espaço para contra-ataque, passe de Ronaldinho e Jô, pela terceira vez, pôde festejar no Independência.
A falta cobrada por Carleto, mal espalmada por Victor, e empurrão de Luis Fabiano para dentro do gol não produziram nenhuma reação.
Não houve comemoração e nem aquela injeção de ânimo de última hora para buscar um milagre. A eliminação já era uma realidade. Libertadores para o São Paulo virou apenas uma possibilidade em 2014.