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Alessandro e Neymar têm novo duelo em uma final
PAULISTA Dupla esteve em todas as decisões entre os times desde 2009
Há dois jogadores que representam bem a rivalidade atual entre Corinthians e Santos: Alessandro e Neymar, únicos titulares na final do Estadual de 2009 e presentes em todas as decisões entre suas equipes desde então.
Além de veteranos em seus times, são rivais diretos. O corintiano Alessandro protege o lado do campo de que o santista Neymar mais gosta.
Hoje, eles voltam a se encontrar, novamente como titulares. Mas, ao menos para Neymar, o cenário deste ano é um pouco mais incomum.
O atacante é a principal estrela da final. Não terá a companhia de Paulo Henrique Ganso, com quem dividiu a responsabilidade nos últimos anos e que hoje joga pelo
São Paulo. O argentino Montillo, que poderia fazer esse papel, está lesionado.
Neymar é o mais pressionado para dar ao Santos o único título possível neste semestre -Copa do Brasil e o Brasileiro terminam na segunda metade do ano.
O jogador encara pela primeira vez críticas sobre seu desempenho, em meio a especulações que o colocam na Europa. Foi inclusive vaiado em jogos na Vila Belmiro.
Mas o camisa 11 é o primeiro a admitir que não falta motivação. Em sua quinta decisão consecutiva do Paulista, Neymar busca o quarto título. "Ele é eficiente. Mesmo jovem, jogou sete finais [foram oito no geral] e tem seis títulos", disse Muricy Ramalho.
Para Alessandro, conhecer de perto o inimigo não traz grandes vantagens. "Neymar amadureceu muito, cresceu demais, atingiu um estágio muito superior ao dos demais atletas e isso [histórico de duelos] não facilita em nada a marcação", contou à Folha.
CONTESTADO
No time desde 2008 -tem 230 jogos, só atrás de Chicão, hoje reserva, com 243-, Alessandro vê semelhanças entre a equipe de 2009, que subira da Série B, e a atual.
"As linhas de trabalho são muito parecidas. Mudaram atletas e as competições, mas, independente de técnico e jogador, o clube segue uma filosofia de trabalho", disse o lateral, dos poucos titulares contestados pela torcida.
Ele pode somar seu sexto troféu pelo Corinthians e ficar perto de Marcelinho, recordista com oito. Até o final do ano, Alessandro poderá erguer outras quatro taças.