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Doping
Laboratório tem 1 ano para obter nova licença
Prazo normal chega ao dobro ou até ao triplo
O Ladetec terá um prazo ainda mais apertado para conseguir de volta sua licença e ser o laboratório que fará os exames antidoping dos Jogos do Rio, em 2016.
Isso porque ficou acertado em uma reunião entre brasileiros e a Wada (Agência Mundial Antidoping) que o pedido de novo credenciamento será feito apenas após a conclusão das obras do novo laboratório, ligado à Universidade Federal do Rio, previsto para abril ou maio.
O Ladetec foi descredenciado após falhar em testes surpresa feito pela Wada.
Em condições normais, caso o Brasil não fosse receber uma edição dos Jogos Olímpicos, o processo para obter a nova licença se arrastaria por dois ou até três anos.
Já está totalmente descartado que o Ladetec realize os exames da Copa do Mundo.
Para a Olimpíada, pode haver uma aceleração do processo. Mesmo assim, o prazo está muito apertado.
A partir do segundo semestre de 2015, já está previsto o aumento de demanda por exames por causa dos eventos-testes da Olimpíada.
O credenciamento do Ladetec teria que estar pronto no fim do primeiro semestre ou início do segundo de 2015, pouco mais de um ano após o pedido de credenciamento.
A Folha apurou que até mesmo quem está envolvido no processo do novo credenciamento reconhece ser pequena a margem de meses.
Por conta da senso de urgência, já foi iniciado um processo de "pente fino" no cronograma das obras.
Após a sua conclusão do prédio será iniciado o processo de instalação de equipamentos, como o de refrigeração, tubulações etc.
O diretor-executivo da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), Marco Aurélio Klein, viaja esta semana para participar, na França, de uma convenção antidoping da Unesco, o braço cultural da ONU (Organização das Nações Unidas).
Uma de suas prioridades é formalizar acordos de cooperação com um ou dois países. Inicialmente dois países apresentaram a intenção de suprir a demanda brasileira por testes: Portugal e Espanha.
Advogados da ABCD, vinculado ao governo federal, alertam que para parcerias as legislações do Brasil e dos outros países terão de ser concomitantes. Para a Copa terá de ser feita parceria.