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Acampamento de holandeses reúne centenas em represa
O holandês Jean Pierre van Merode, 47, vendeu sua empresa de pisos há quatro anos e começou a viajar com a mulher, Hannie Aalbrechtse, 46.
Desde então, o casal vive num trailer estilizado, que já passou por Europa, África, Américas do Norte e do Sul.
Os dois chegaram a São Paulo pela manhã e se juntaram aos cerca de 300 holandeses alojados no "Oranje Camping", acampamento montado para torcedores da Holanda num clube às margens da represa Guarapiranga, zona sul de São Paulo.
O acampamento está na sétima edição --já soma Eurocopas, Copas 2006 e 2010 e até Londres-2012. A versão paulistana inclui restaurante, lanchonete, quadras, piscina e festas todas as noites.
A diária sai por cerca de R$ 245 por pessoa, com três refeições por dia. Visitantes podem desembolsar R$ 80 para passar um dia no camping e jantar com os hóspedes.
Sentado ontem (21) no restaurante, Michael de Boer, 27, não tirava os olhos de Gana x Alemanha. Holandês que vive nos EUA, procurou o camping para reencontrar conterrâneos. "Aqui é tudo muito organizado, mas sinto falta da minha cama", confessou Michael, há uma semana no acampamento.
O engenheiro Andre Slenders, 44, e a bancária Karen van Geel, 42, escolheram uma tenda mais confortável, com camas normais, para acampar pela primeira vez. "Fora o frio, está sendo incrível", afirmou Karen.
Como a maioria dos holandeses com quem a Folha conversou no acampamento, o casal disse que levará boa impressão do Brasil: um país bonito, com pessoas atenciosas e dispostas a ajudar. A reclamação geral foi o inglês ruim dos locais. "Várias vezes tivemos que nos comunicar por mímica", disse Karen.
