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Festa no vizinho

Jogadores da Colômbia são recebidos como heróis por 120 mil em Bogotá após a melhor campanha do país em Copas

SYLVIA COLOMBO ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ

"Pékerman presidente", "Yepes, case comigo" e "James, menino prodígio" eram os cartazes pintados à mão por alguns dos 120 mil fãs que receberam a seleção colombiana em seu desembarque, neste domingo (7), em Bogotá, depois da melhor campanha do país em Copas.

A festa amarela começou cedo. Desde as 6h da manhã (8h de Brasília), torcedores já se aglomeravam na base militar de Catam, nas avenidas de acesso ao centro da cidade e no parque Simon Bolívar, imenso espaço verde onde armou-se um palco e telões para receber os fãs.

As crianças divertiam-se com a tradicional celebração colombiana: atirar farinha e maisena nos passantes.

A partir das 10h, um trio de animadores fazia agradecimentos ao time e levantava o coro da torcida.

Quando os telões do parque mostraram os primeiros jogadores a deixar o avião da Avianca que pousou por volta das 8h30 da manhã, as pessoas saudaram um a um os integrantes do time.

SUCESSO

Assim que James Rodríguez surgiu, usando óculos escuros e olhando para baixo, um imenso coro, principalmente feminino, gritou seu nome. Outro dos mais celebrados pelas mulheres foi o capitão Yepes, que se despede da seleção por já ter completado 38 anos.

O ônibus que trouxe os jogadores ao parque teve que viajar de modo muito mais lento do que o planejado, por conta do número de pessoas que tomaram as vias e as pontes da cidade.

A 2 km/h, levava a céu aberto o treinador e os 23 jogadores (incluindo o lateral direito Zúñiga, que atingiu e lesionou a coluna do atacante brasileiro Neymar).

Cuadrado era o mais animado, organizando a coreografia que os atletas celebrizaram durante a comemoração dos gols na Copa.

Todos recebiam camisetas, que autografavam e devolviam ao público. Nas janelas e nos terraços dos prédios localizados nas avenidas, moradores agitavam bandeiras e tocavam cornetas.

"Foi nossa participação mais histórica. Eu agora terei algo para contar a meus netos. Estivemos vivendo um sonho nas últimas semanas", afirmava Carmen, que trouxe os dois filhos adolescentes ao parque.

No palco, James Rodríguez lembrou os companheiros que estiveram ausentes da Copa, como a estrela Radamel Falcao, Perea e Valencia.

"Te queremos muito", disse, segurando a camisa 9 do atacante do Mônaco.

PREOCUPAÇÃO

Desde os dias anteriores, polícia, mídia e prefeitura pediram moderação no consumo de álcool. Durante as celebrações de jogos anteriores da seleção, foram nove mortos na estreia, oito na classificação às quartas e dez no dia da partida com o Brasil.

As cifras parecem alarmar apenas os correspondentes estrangeiros, pois a notícia sai com pouco destaque nos meios colombianos.

Segundo o jornalista Maurício Silva, autor de livros sobre a seleção colombiana, a tradição da celebração violenta vem dos anos 1990. "As festas terminam com a mistura maldita de álcool e brigas localizadas que culminam em mortes", explica.

Nas outras cidades grandes do país, também houve festa, principalmente em Barranquilla e Medellín.

O presidente Juan Manuel Santos pediu à federação colombiana de futebol que confirme a continuação no cargo do técnico argentino José Néstor Pékerman.


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