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Goleada relâmpago é ponto crítico do futebol pífio da seleção
Seleção brasileira protagoniza o maior vexame de sua história ao ser goleada pela Alemanha diante de um Mineirão lotado e perde a chance de ir à decisão
Luiz Felipe Scolari classificou de "catástrofe". Já o goleiro Júlio César deixou o campo dizendo que não conseguia "explicar o inexplicável". Autor do primeiro gol alemão, Müller, por sua vez, contou que "tudo aquilo era um pouco louco".
Diante do Mineirão lotado, a seleção protagonizou nesta terça-feira (8) o maior vexame da sua história.
Cinco vezes campeão mundial, o Brasil foi massacrado em Belo Horizonte e perdeu a chance de disputar a decisão da Copa no Maracanã no domingo (13), para tentar apagar a frustação de 1950.
Sem Neymar, contundido, e Thiago Silva, suspenso, o time de Felipão foi humilhado pela Alemanha: por 7 a 1.
Foi a pior derrota de um anfitrião desde que o Mundial começou a ser disputado, em 1930. Até então, a pior derrota sofrida pelos brasileiros em Copas tinha sido na final de 1998, quando os franceses ganharam por 3 a 0.
A goleada no Mineirão foi o ponto mais crítico do futebol pífio da seleção no Mundial. Da beira do campo, Felipão ouviu os torcedores cantarem "olé" para os seus comandados e aplaudirem de pé os alemães. No fim do jogo, o time, perdido em campo desde o início, foi vaiado.
Os jogadores voltaram a chorar em campo. Pelo menos Oscar e David Luiz foram às lágrimas no Mineirão.
Adepto da autoajuda, o Felipão adotou a estratégia errada e pagou caro. Sem rivais de tradição até o jogo desta terça, os brasileiros somavam três vitórias e dois empates. Mesmo assim, não empolgaram em nenhum momento.
O vexame em Belo Horizonte foi relâmpago. Os cinco primeiros gols saíram em 29 minutos (Müller, Klose, Kroos, duas vezes, e Khedira). Os dois últimos foram de Schürrle, no segundo tempo. No final, Oscar descontou.
Nos últimos dias, Felipão fez mistério sobre o time e decidiu escalar uma equipe que nunca treinou junta, com Bernard no ataque.
Com a derrota consumada, Felipão deixou de lado o seu estilo cênico. Ele pouco gesticulou com os comandados.
No segundo tempo, ficou quase todo o tempo sentado no banco, enquanto torcedores choravam na arquibancada. "Isso não vai acontecer nem para a Alemanha e nem para nós nunca mais. Só posso pedir desculpas", afirmou.