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Messi leva prêmio de craque da Copa com sabor amargo
Capitão argentino, que brilhou na fase de grupos e foi sacrificado por esquema tático a partir das oitavas, voltou a vomitar na final
Poucas vezes um prêmio foi recebido com tamanho desgosto. A decepção de Lionel Messi era indisfarçável quando ele recebeu o troféu de melhor da Copa, minutos após a derrota para a Alemanha, na decisão do torneio.
"Isso significa muito pouco para mim para dizer a verdade", disse o capitão da Argentina. "O que eu queria era ter ganhado a final."
Aos 27 anos, o atacante está na idade considerada o auge técnico e físico de um atleta profissional de futebol. Desde o início da preparação, a imprensa argentina batizou o torneio no Brasil como a "Copa de Messi".
"Creio que ele merecia o prêmio de melhor jogador do torneio. Leo fez um grande Mundial", elogiou o técnico Alejandro Sabella.
Messi brilhou especialmente na fase de grupos, quando fez quatro gols. Foi responsável direto pelas vitórias sobre Bósnia, Irã e Nigéria. Sacrificado pelo esquema tático a partir das oitavas, não anotou mais nenhuma vez. Deu passe para Di María decidir contra a Suíça.
Obrigado a ajudar na marcação e cobrir espaços na defesa mais do que estava acostumado a fazer, seu desempenho ofensivo encolheu.
Na decisão deste domingo (13), teve grande chance para colocar a Argentina na frente no placar. Chutou para fora.
Apesar de tudo, foi a melhor Copa da carreira de Lionel. Nos anos anteriores em que esteve em campo (2006 e 2010), marcou apenas um gol. Nas duas vezes, a seleção caiu nas quartas de final.
A escolha de Messi foi feita pelo grupo de estudos técnico da Fifa, formado por especialistas designados pela entidade. Até a Copa de 2010, havia uma votação dos jornalistas credenciados para cobrir a competição.
COBRANÇAS
Ele teve no Maracanã a chance de se igualar ao jogador a que sempre foi comparado. Maradona tem um título mundial conquistado com a camisa da seleção, em 1986.
O atual astro argentino sempre foi cobrado por não mostrar pela seleção o mesmo futebol do Barcelona, pelo qual conquistou todos os títulos possíveis e foi eleito quatro vezes melhor do mundo (2009 a 2012).
Se serve de consolo, o prêmio oferecido pela Fifa preenche parte dessa lacuna. Não que Sabella acredite que o legado de Messi esteja ameaçado pela falta de uma conquista de Copa do Mundo. Em 2018, na Rússia, o jogador completará 31 anos.
"Esse é um torneio que exige muito dos jogadores. Lionel já está no olimpo dos grandes da história. E faz tempo", disse o treinador.
VÔMITO
Messi voltou a vomitar durante a final da Copa. O craque argentino tem um histórico de passar mal em alguns jogos do Barcelona e também pela seleção argentina.
O clube espanhol já fez diversos exames, mas nunca foi detectado nada.
Amigos e companheiros também já falaram sobre os vômitos do craque argentino e dizem que ele não tem problemas de atuar pressionado por ser o astro do time.