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Dilma critica 'pessimismo' da imprensa com a Copa

Ao fazer um balanço do Mundial, presidente e 12 ministros fizeram discursos por 2h30 para exaltar os números positivos do evento

TAI NALON FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff convocou nesta segunda-feira (14) 16 ministros responsáveis pela organização da Copa para fazer um balanço do evento, atacar os críticos do Mundial e o "pessimismo" da imprensa.

A reunião faz parte de uma estratégia delineada pela cúpula da campanha petista e do governo para martelar o que se convencionou no Planalto ser a "Copa das Copas".

O termo, cunhado pelo marketing da campanha tem sido usado em discursos e nas redes sociais por todo o governo federal e, em particular, por Dilma.

Nesta segunda, ela disse que o país demonstrou "capacidade de organização" e "derrotou" uma "previsão pessimista".

"Os vaticínios, os prognósticos que se faziam sobre a Copa eram dos mais terríveis possíveis. Começava com o não vai ter Copa' até nós teremos a Copa do caos'. O estádio do Maracanã, que ontem foi palco de um evento belíssimo, ia ficar pronto só em 2038, ou 2024. Enfim, não ficaria pronto nunca", disse ela.

O balanço do torneio envolveu 16 ministros, dos quais 12 discursaram por cerca de 2h30. Dilma foi uma espécie de mestre de cerimônias, mas não ficou até o fim.

Depois de destacados esforços nas áreas de infraestrutura, telecomunicações, turismo, segurança e defesa, ela foi embora, sem responder a perguntas abertas aos demais integrantes de sua equipe.

Coube ao ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) fazer as críticas mais contundentes à imprensa. Ele apontou, sem citar o nome dos veículos, publicações como a de 12 de junho passado da Folha, data de abertura da Copa.

"A revista de maior tiragem do Brasil ('Veja') fez uma manchete: 2038: por critérios matemáticos os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo'. (...) O jornal de maior tiragem do país, no dia de abertura da Copa, tinha a seguinte manchete: Copa começa hoje com seleção em alta e organização em xeque'", disse o ministro.

Ele ressaltou o "papel fundamental" da imprensa em "apontar problemas". "Mas, se a gente fizer uma análise sóbria hoje, talvez nós perdemos duramente a taça, mas o Brasil ganhou a Copa."

Apesar da derrota da seleção, a avaliação do Planalto é que a Copa foi um sucesso --"e o governo deu uma imensa contribuição", conforme ilustrou Mercadante.

O balanço teve uma série de slides com números que vão da quantidade de helicópteros aos "terabytes" transmitidos de dentro dos estádios.

Dilma caiu na gargalhada quando, quase ao final, o ministro Gilberto Occhi (Cidades) disse que não se estenderia pelos mais de 50 slides que tinha para apresentar.

Segundo o governo, o Brasil recebeu mais de um milhão de estrangeiros e três milhões de turistas brasileiros. A expectativa inicial era 600 mil turistas estrangeiros.


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