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Motor - Fábio Seixas @fabio_seixas A fase da Ferrari, e o risco de ser retrô HAVIA UM quê de familiar na homenagem que a Ferrari prestou a Gilles, anteontem, em Fiorano. Sensação simbolizada de forma mais forte pela imagem dos antigos mecânicos do canadense, velhinhos de uniformes amarelos, aplaudindo Jacques. Alonso e Massa estavam lá, assim como a cúpula do time. Uma animada reunião à moda italiana. Do jeito que o commendatore gostava. Só faltou (ou não?) uma extensa mesa de massa e vinho. Foi emblemático, menos pela efeméride e pelo belo carro que se exibia, mais por sorrisos, atitudes e declarações. Foi a confirmação de algo vivido nas pistas. Aquele espírito anos 80 está de volta a Maranello. Isso é péssimo para a Ferrari. A década de 80 foi um pesadelo para os tifosi. Buraco tão fundo que o time só começou a sair dele no final dos 90. Foram 21 anos sem títulos, de 1979 a 2000, e uma coleção interminável de trapalhadas, erros, idas e vindas. E são muitos os paralelos com a fase atual da equipe. A começar com seu comando, mais baseado no patriotismo do que na competência e na experiência. Passando pelas seguidas apostas em soluções técnicas que dão em nada. Tudo isso culminando com os resultados na pista -Alonso celebrou a vitória na Malásia ciente de que pode ser a única no Mundial. Não por coincidência, o piloto espanhol se mostra ressabiado sobre as novidades que o time promete para Barcelona. "Administrei o prejuízo até agora. Vamos ter novidades no carro na Espanha, mas só no sábado saberemos se significarão um passo adiante." Há quase 20 anos, a solução ferrarista foi apelar para um estrangeiro, o francês Todt, que colocou ordem na casa. Talvez seja o caso de repetir a receita agora. Richards, ex-BAR e Benetton, parece um nome perfeito. Ou isso ou sobrarão as homenagens ao passado. - INTERLAGOS BANDEIRA VERDE São bons os planos da Prefeitura de São Paulo para Interlagos. Sim, o paddock foi ampliado anos atrás, mas continuava apertado para a F-1. E os boxes na Reta Oposta levarão arquibancadas de alvenaria para aquele trecho do circuito, reduzindo custos anuais com estruturas tubulares. O traçado será mantido, mas o autódromo ganhará uma cara mais moderna. - BARRICHELLO BANDEIRA PRETA Barrichello, à "Playboy", sobre a discussão via rádio em Zeltweg-2002: "Foi uma forma de ameaça que me fez refletir se eu teria de repensar a minha vida, porque o grande barato para mim era guiar". Depois daquilo, ele renovou com a Ferrari mais uma vez. Ou está dourando a pílula ou, à época, o dinheiro falou mais alto do que o desconforto de ser ameaçado no trabalho. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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