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Cartola se inspira na Holanda e gasta R$ 50 mil

DO ENVIADO A GUARATINGUETÁ

O laranja do uniforme e das paredes do centro de treinamento vão além de uma simples homenagem à seleção holandesa, obsessão do dono do Manthiqueira, o militar aposentado Geraldo de Oliveira.

A ideia é implantar na equipe a filosofia do carrossel de Rinus Michels - o treinador da Holanda na Copa de 1974 é até citado no escudo do clube.

"A gente acaba criando empatia pelo que nos faz sofrer, como a síndrome de Estocolmo. E a derrota do Brasil para a Holanda em 1974 foi a maior tristeza da minha vida", afirma Oliveira, que profissionalizou o clube no ano passado.

É de seu bolso que saem os cerca de R$ 50 mil mensais que bancam a equipe de Nilmara Alves. "Recebemos R$ 13 mil da Federação Paulista de Futebol para o campeonato todo."

Oliveira acompanha todos os treinos e insiste para que sua "filosofia de trabalho" seja aplicada.

"Nós temos três volantes que marcam sem a bola, mas que são habilidosos e se tornam meias quando retomam a posse."

As palavras de Oliveira são praticamente repetidas por Nilmara quando a técnica explica a forma de jogar do Manthiqueira.

"Nós jogamos com uma linha de quatro zagueiros, três volantes que viram meias com a bola e três atacantes rápidos", afirma.

"Marcamos do meio-campo para trás para sair rápido no contra-ataque. Tem dado certo", diz.

Oliveira diz que chamar uma mulher para dirigir o time foi uma decisão fácil. "Ela tem o nosso perfil."

"Ainda perguntei: e quando perdermos de goleada? 'Estou pronta'. Aí senti segurança."

(LL)

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