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Antes apagada, Jaqueline brilha e contagia no fim
O time estava sendo massacrado, o set estava perdido, mas Jaqueline continuava a gritar, empurrar as companheiras. Era a única que parecia ainda acreditar no ouro. A força da atacante foi contagiante. E ela própria assumiu um papel decisivo na decisão da medalha. Jogadora de atuação apagada durante a Olimpíada, com média de dez pontos por jogo, acabou como a maior pontuadora do triunfo final, com 18 tentos, todos em ataques. Contra os mesmos EUA, na primeira fase, havia marcado só dois pontos. "Em nenhum momento eu deixei [o time] desistir. Sou a mulher da superação. No último ataque, levantei a mão para o céu e agradeci porque eu sabia de tudo o que eu tinha passado. E hoje estou aqui, dando a volta por cima." Ao final da partida, a estrela da decisão ficou procurando a mãe, Josiane, na arquibancada -ela nunca havia saído do Brasil. No ano passado, Jaqueline sofreu um aborto. Estava grávida de seu marido, Murilo, jogador da seleção masculina, que busca hoje o segundo ouro da família em Londres-2012. No Pan-Americano de Guadalajara, ela bateu a cabeça durante um jogo e lesionou a coluna cervical. "Eu sabia que ia ser abençoada e hoje [ontem] foi esse dia. Realmente isso foi positivo para o jogo", completou Jaqueline. Mas, mesmo com o ouro no pescoço, ela não vai comemorar agora. Mudou a passagem para o Brasil para ver o marido em ação na final masculina. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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