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100% O velocista Usain Bolt ganha sua sexta medalha de ouro, em seis eventos, agora nos 4 x 100 m, e diz que 'há possibilidade' de continuar em 2016 DANIEL BRITORODRIGO MATTOS ENVIADOS ESPECIAIS A LONDRES Ao pegar o bastão do revezamento 4 x 100 m de Tyson Gay, o norte-americano Ryan Bailey estava um pouco atrás do jamaicano Usain Bolt. Sua tarefa era ultrapassá-lo para obter o título para os EUA. Não tinha como dar certo. "Quando Yohan Blake [jamaicano] superou Tyson, eu sabia que tinha acabado. Porque ele [Bailey] não ia me ultrapassar", contou Bolt. O maior velocista de todos os tempos abriu vantagem com suas passadas largas para quebrar o recorde mundial da prova. A equipe jamaicana marcou o tempo de 36s84, 20 centésimos abaixo de sua própria marca anterior. Foi a 16ª prova olímpica invicta de Bolt desde Pequim-2008. Foi o seu sexto ouro em seis eventos disputados. Foi a quarta vez que o jamaicano bateu o recorde mundial em Jogos. Como resultado, despediu-se de Londres-2012 com um triplo ouro, repetindo feito de Pequim-2008. "Não dá para ficar melhor do que isso", afirmou o corredor. O jamaicano se tornou ontem o atleta, de forma isolada, que mais ganhou títulos olímpicos em provas de velocidade. Superou Carl Lewis, que tem cinco ouros em corridas -obteve outros quatro em saltos em distância. Para isso, Bolt contou com a colaboração dos jamaicanos Nesta Carter, Michael Frater e Yohan Blake. Não foi tão fácil quanto indica a arrancada final de Bolt ou seus rotineiros sorrisos e estilo relaxado. Os jamaicanos estiveram pouco atrás dos americanos nas duas primeiras pernas do revezamento. Mas, na terceira parte, Gay não foi capaz de segurar Blake. Na curva, ele ultrapassou o americano e entregou o bastão a Bolt na frente. "Quando peguei o bastão, eu pensei, corra, corra por sua vida. Mas Usain Bolt é um monstro", lamentou Bailey. Então, veio o suspense. Os jamaicanos festejavam, mas o resultado final não saía no telão. Bolt até discutiu com oficiais na pista. Mas era um falso alarme. O oficial explicou ao jamaicano que ele teria de devolver o bastão ou seria desqualificado. Contrariado, Bolt entregou o equipamento e o nome da Jamaica foi confirmado como vencedor. Os canadenses foram desclassificados por erro na passagem de bastão e o bronze ficou para Trinidad e Tobago. Astro dos Jogos, Bolt se sentiu no direito de confrontar o presidente do COI, Jacques Rogge, para quem o jamaicano ainda não é uma lenda apesar dos resultados. "Pergunto para ele: o que mais preciso fazer para ser uma lenda? Eu ganhei três ouros, em duas Olimpíadas. Se isso não é suficiente, o que é preciso fazer?", rebateu. O futuro de Bolt ainda está em aberto. Mas, ao contrário da última quinta-feira, ele se mostrou mais propenso a tentar prolongar sua carreira até o Rio-2016. "Há a possibilidade. Mas vai ser difícil porque Blake vai estar mais rápido e surgirão outros gatos rápidos", explicou o jamaicano, piscando aos repórteres. "Mas agora não tenho objetivos. Eu só quero festejar." Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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