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Polícia investiga ex-presidentes do clube
PALMEIRAS DO PAINEL FC RAFAEL REIS DE SÃO PAULO Às vésperas da eleição presidencial do Palmeiras, prevista para janeiro, a polícia de São Paulo investiga denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica que envolvem cerca de 20 pessoas ligadas ao clube, entre antigos presidentes e dirigentes. O inquérito existe desde 2008 e foi aberto pelo Ministério Público quando um ex-funcionário denunciou um esquema de notas frias. As investigações abrangem o período entre 2002 e 2006 e englobam as gestões dos ex-presidentes Mustafá Contusi e Affonso della Monica. O nome de Mustafá aparece entre os suspeitos de terem praticado irregularidades. O inquérito apura supostos empréstimos feitos ao clube por membros da diretoria e posteriores retiradas do dinheiro de pagamentos, emissão de notas de empresas que não executaram serviços e a existência de um caixa dois para subornar árbitros. A polícia deve pedir nos próximos dias que seja feita perícia contábil no clube para que sejam apontadas se essas entradas e saídas de dinheiro foram legais e se estão registradas nos balanços. As denúncias a José Cyrillo Júnior, ex-vice-presidente, e ao ex-diretor de futebol do clube Salvador Hugo Palaia são consideradas internamente como as mais graves. Os antigos dirigentes são investigados pela polícia e também por sindicância do clube sobre uma nota no valor de R$ 326 mil, de uma empresa chamada Valtec. Segundo documentos obtidos pela Folha, a empresa emitiu nota por prestar serviços de "consultoria, assessoramento e regulação de contratos de seguros patrimoniais, prediais, atletas e funcionários em geral...". A firma, porém, é especializada em comércio varejista de equipamentos de telefonia e comunicação. Cyrillo afirmou à polícia que o contrato foi pedido pela diretoria de futebol e não soube dizer se o serviço foi prestado. Já Palaia ainda não deu esclarecimentos ao Palmeiras sobre o caso. Procurados pela reportagem, Palaia e Cyrillo não atenderam aos telefonemas. "Não vi por hora elementos para pedir algum indiciamento", afirmou o delegado João Batista Magalhães Braga, que diz pretender encerrar o caso em até 60 dias. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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