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Palmeiras perde e vê torcida protestar
SÉRIE A
Portuguesa 3 DE SÃO PAULO Betinho não tem ninguém pela frente e vê Barcos sozinho dentro da área. Tenta um passe simples por cima e dá a bola nas mãos de Dida. Corrêa avança pela direita. Tem o caminho livre para chegar até a linha de fundo. Arma o cruzamento e manda direto para a linha de fundo. Maikon Leite dribla um e invade na área. Pode chutar a gol ou rolar para um companheiro. Opta pela finalização. Sem nenhuma direção. Até o último fim de semana, essas jogadas eram sucedidas por aplausos, mostras de apoio na linha de "Vamos lá, na próxima consegue". Mas ontem não foi assim. Um mês e meio e 14 jogos depois da conquista da Copa do Brasil, a torcida encerrou a lua de mel com o Palmeiras. A 12ª derrota no time no Brasileiro foi a gota d'água. Até cair por 3 a 0 ante a Portuguesa, em um Canindé com muito mais torcedores a favor do que contra, a equipe ainda não havia perdido por mais de dois gols de diferença na Série A. E nem tinha feito uma partida tão ruim. Não à toa o comportamento da torcida mudou. Os aplausos viraram murmúrios e ofensas. E a Mancha Alviverde, organizada cujos integrantes foram liberados a voltar a frequentar os estádios uniformizados, chamou a equipe de "sem-vergonha". Reflexo de quem começa a acreditar na incomum possibilidade de o Palmeiras disputar em 2013 a Libertadores, glória de todos os times brasileiros, e a Série B, o fundo do poço para os grandes. O time dirigido por Luiz Felipe Scolari está a quatro pontos do Bahia, o primeiro fora da zona do rebaixamento. Em apenas 20 partidas e com o segundo turno praticamente completo pela frente, já sofreu 12 derrotas, duas a mais do que em todas as 38 rodadas do Brasileiro-2011. Desde que voltou à Série A, em 2004, apenas em 2006 o Palmeiras perdeu mais vezes, no campeonato todo, do que a equipe que recolocou o clube no caminho dos títulos e que agora provoca temor. Medo justificado pelo futebol de ontem. Em 90 minutos, o time não fez nada que desse um fio de esperança. Conseguiu ir para o intervalo com o placar zerado porque a Portuguesa também não era assim tão melhor. Mas, quando Corrêa levou drible da vaca de Ananias pela lateral, e Bruno Mineiro testou cruzamento para dentro do gol, tudo desandou. O segundo tento veio depois de chute forte de Rogério. Bruno espalmou, a bola acertou a trave, e Bruno Mineiro empurrou de cabeça. E houve tempo para mais um, que saiu naturalmente. Dentro da área, Moisés dominou, girou e pôs no canto. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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