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São Paulo falha nas finalizações, leva gol de Dagoberto e só empata

SÉRIE A
Em jogo com arbitragem criticada, resultado evita aproximação de adversários ao G4

São Paulo 1
Maicon, aos 18min do 1° tempo
Internacional 1
Dagoberto, aos 7min do 1° tempo

DE SÃO PAULO

O roteiro parecia óbvio. Dagoberto, que ficou quase cinco anos no São Paulo, entrava em campo pela primeira vez contra seu ex-time no Morumbi. E foi justamente o atacante, que deixou o clube antes de terminar seu contrato e em clima de mal-estar com a diretoria tricolor, que marcou para o Inter.

Se o roteirista fosse colorado, o gol marcado aos 7min seria o único da partida. Mas não foi o que ocorreu. Maicon empatou, e o São Paulo foi melhor no restante do jogo, mas falhou nas finalizações.

O 1 a 1 foi ruim para ambos os times, que agora têm 35 pontos e não conseguiram se aproximar do Vasco, que havia empatado também por 1 a 1 com o Náutico. Os cariocas têm 39 pontos.

O gol de Dagoberto merecia aplausos, mas os torcedores são-paulinos só tinham disposição para vaiá-lo. O cruzamento de Fabrício, que desceu pela esquerda nas costas de Douglas, chegou com a bola quicando, e o ex-são-paulino bateu de primeira, no ângulo de Rogério, que permaneceu estático.

Houve comemoração, na contramão do costume de alguns atletas que evitam festejar contra ex-times. Não foi efusiva, mas Dagoberto levantou o dedo, foi abraçado pelos companheiros e mandou recado para a família olhando para a câmera de TV.

"Eles têm que xingar, senão fica feio. Mas tenho ótimas recordações daqui e, num campo gostoso, tive a felicidade de marcar um golaço", disse Dagoberto, 241 jogos e 61 gols pelo São Paulo.

AÇÃO E REAÇÃO

O Inter mandou nos primeiros 18 minutos de jogo. Parecia que controlaria a partida, com D'Alessandro ditando o ritmo. Mas só parecia.

Aos 18min, Osvaldo, o substituto de Lucas, que está na seleção brasileira, driblou Elton e cruzou na cabeça do volante Maicon, elemento-surpresa dentro da área, que não foi visto pelos zagueiros do Inter e estava sozinho para marcar de cabeça.

"O Ney [Franco] me pede para entrar mais na área. Foi o que fiz", disse Maicon.

O São Paulo passou a mandar na partida. O gol parecia questão de tempo, mas a pontaria dos atacantes não estava como a do volante artilheiro. Até Luis Fabiano, goleador do Brasileiro com dez gols, furou uma bola que parecia gol certo. O goleiro Muriel também foi eficiente.

O São Paulo continuou melhor na etapa final. O rival abusou das faltas, principalmente em Osvaldo, que explorou sua velocidade.

Na metade do período, os dois laterais do Inter já tinham cartão amarelo, e Ney Franco quis se aproveitar disso. O técnico pôs Ademilson na vaga de Paulo Assunção e ficou com três atacantes.

A substituição ficou ainda mais promissora aos 27min, quando D'Alessandro foi expulso por, na visão do árbitro Ricardo Marques, simular uma falta. Pouco antes, os são-paulinos reclamaram de toque de mão do argentino dentro da área do Inter, o que seria pênalti.

Os minutos finais foram ataque contra defesa. Luis Fabiano teve pelo menos duas chances ao dominar dentro da área, mas falhou. No último lance, o time do Inter reclamou de pênalti de Willian José sobre Fabrício. O árbitro foi muito criticado por todos.

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