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Falcão pede alto, clube nega e continua sem treinador

PALMEIRAS
Desempregado, ídolo do Inter queria R$ 500 mil por mês

MARCEL RIZZO
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

A diretoria palmeirense se cansou de ouvir não de técnicos empregados e se voltou a profissionais livres para substituir Luiz Felipe Scolari.

O primeiro a ser procurado com o perfil foi Paulo Roberto Falcão, demitido do Bahia em julho. Mesmo sem amarras contratuais, o negócio também não saiu.

"Infelizmente, não vou trabalhar no Palmeiras", disse o treinador no início da noite de ontem, pouco depois de ser avisado de que sua contraproposta havia sido recusada pela diretoria alviverde.

Procurado por um representante do presidente Arnaldo Tirone na noite de segunda, Falcão fez duas exigências para assumir o posto.

Pediu R$ 500 mil mensais, um salário que faria dele, um treinador de currículo pouco expressivo, um dos cinco mais bem pagos do Brasil. E um contrato mais longo.

Não só para as 13 rodadas finais do Brasileiro. Mas que durasse até o fim do ano que vem e lhe assegurasse disputar a Libertadores-2013.

"Gostaria de fazer parte do planejamento para o ano que vem. Minha ideia era trabalhar por cinco ou seis rodadas e, se visse que o rebaixamento era inevitável, já pensaria na próxima temporada", completou Falcão.

O desejo de Tirone é que o novo treinador palmeirense assine um vínculo curto, válido por apenas três meses.

O mandatário argumenta a todos os profissionais que procura para a vaga de técnico que não se sente bem propondo acordos mais longos porque não sabe se estará no clube depois de janeiro de 2013, quando acontece a eleição para presidente.

A amigos Tirone já confidenciou que, em caso de rebaixamento do time, ele não deve tentar a reeleição.

Oficialmente, Falcão afirmou que foi essa diferença de filosofia que impediu o acerto. Mas, na tarde de ontem, o presidente já havia dito que abriria mão dessa convicção para contratar um técnico.

"O tempo de contrato depende agora de cada caso", disse Tirone à Folha.

Só que a pedida salarial de Falcão assustou. O multicampeão Luiz Felipe Scolari ganhava "só" R$ 200 mil a mais. Mas parte do comandante mais caro do Brasil era financiada por patrocinadores.

O ex-volante da seleção nos anos 1970 e 1980 tem pouca história como treinador.

Chegou a interromper a carreira -iniciada em 1990, com 17 partidas na seleção- por 16 anos para trabalhar na TV. Recentemente, passou por Inter-RS e Bahia. Ganhou o Estadual pelos dois, mas posteriormente foi demitido.

Sem Falcão, o Palmeiras ainda corre atrás de técnicos livres no mercado. Entre as opções possíveis hoje, a que mais agrada ao comando palmeirense é Cristóvão Borges, recém-saído do Vasco.

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