Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Marin diz que contrato com árabes não é ruim

SELEÇÃO
Para cartola, amistosos da equipe no Brasil causam prejuízo

MARCEL RIZZO
ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE

Ao assumir a CBF em março, José Maria Marin pediu que todos os contratos firmados na gestão de Ricardo Teixeira fossem examinados.

Entre eles, o que vende os jogos da seleção brasileira até 2022 à empresa árabe ISE (International Sports Events) e rende US$ 1,05 milhão (R$ 2,12 milhões) por confronto.

O valor é inferior ao antigo, acertado com a Kentaro, da Suíça, que em 2006 pagava US$ 1,2 milhão (R$ 2,4 milhões) a cada partida.

"Mas são acordos que não podem ser desfeitos assim, tem o outro lado", disse Marin. Ele e o vice-presidente Marco Polo Del Nero admitiram que só poderiam mudar esse contrato caso recebessem uma proposta superior.

Os cartolas não consideram ruim o acordo com a ISE, que depois repassou à empresa inglesa Pitch International a parte operacional das partidas. A explicação é que a CBF não tem hoje estrutura para gerenciar diretamente os jogos e que isso, provavelmente, não seria lucrativo.

Segundo Del Nero, a ISE e a Pitch tiveram prejuízo nos amistosos organizados neste mês. No dia 7, o Brasil bateu a África do Sul (1 a 0) em São Paulo e, no dia 10 derrotou a China (8 a 0) em Recife. Os estádios não encheram.

"Os valores dos bilhetes no Brasil são muito baixos. Eles tiveram prejuízo, não é algo tão simples", disse Del Nero. Representantes da empresa não foram encontrados.

O prejuízo em território nacional faz a seleção rodar por países e estádios muitas vezes sem grande visibilidade.

A ISE recupera o rombo nos jogos no exterior, quando cobra ingressos mais caros ou fecha acordos milionários para levar a seleção para países do Oriente Médio.

Em outubro, por exemplo, o Brasil jogará no dia 11 em Malmö, na Suécia, contra o Iraque e no dia 16 ante o Japão em Wroclaw, na Polônia.

Apesar de a ISE ser, por contrato, quem escolhe oponentes e locais dos amistosos, Marin quer que o Brasil jogue mais em casa, para acostumar o time à pressão que enfrentará na Copa das Confederações-13 e no Mundial-14.

"Queremos seleções fortes. Mas nem sempre é possível. O importante é se acostumar com a pressão", disse Marin, que negocia com Portugal e Inglaterra para 2013.

Dos acordos examinados pela nova direção, um já teve o valor reajustado em 100%, segundo Marin: o contrato de TV da Copa do Brasil.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.