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Em meio a onda de confrontos, clube busca segurança
PALMEIRAS Os ânimos andam bastante exaltados no Palmeiras. A situação dramática do clube, a nove pontos do primeiro time fora da zona de rebaixamento faltando oito rodadas para o fim do Brasileiro, acendeu o clima de insegurança para jogadores e dirigentes e aumentou a intensidade dos conflitos internos. Após integrantes de uma organizada entrarem na concentração do time em Recife, anteontem, e cobrarem reação do técnico Gilson Kleina e do gerente de futebol César Sampaio, o Palmeiras solicitou reforço de segurança. A equipe voltou ao hotel depois da derrota por 1 a 0 para o Náutico escoltada por um grupo de batedores. Cerca de dez policiais ficaram em frente à concentração até o começo da tarde de ontem para evitar novas investidas de torcedores revoltados. A comissão técnica já havia decidido antes que não voltaria para São Paulo durante a excursão pelo Nordeste. E pouco pisará na sede do clube nos próximos dias. O Palmeiras sai amanhã de Recife rumo a Salvador, onde enfrenta o Bahia, amanhã. Depois, viaja direto para Araraquara, palco do jogo contra o Cruzeiro, no sábado. Serão dois dias de treino e um de jogo no interior paulista. Após algumas horas de folga, o elenco deve embarcar no domingo para a Colômbia -enfrenta o Millonarios, na terça, pela Sul-Americana. Só na volta de Bogotá o Palmeiras deve treinar dois dias em São Paulo. A princípio, a equipe viaja na sexta-feira para o confronto com o Internacional, em Porto Alegre. Ficar longe da capital paulista, algo proporcionado pela tabela de jogos e pela perda de quatro mandos de campo no Brasileiro, é uma estratégia da diretoria para tentar fazer com que possíveis ameaças feitas por torcedores não cheguem até os jogadores. "Eles [torcedores que tentaram invadir camarotes e jogaram objetos no gramado no clássico contra o Corinthians] que nos fizeram ter de jogar fora de São Paulo", disse o vice de futebol Roberto Frizzo. Ele é um dos dirigentes que têm tido a cabeça pedida por palmeirenses. No último fim de semana, houve dois confrontos no clube entre sócios e conselheiros que ajudaram a eleger o presidente Arnaldo Tirone -com direito a cadeiradas e uma arma perdida por um associado que é policial e estava armado. Segundo o diretor jurídico Piraci Oliveira, não há nenhuma previsão de punição para sócios devido aos incidentes. "Temos condições matemáticas [de escapar da queda], mas revólver na cabeça não vai funcionar. Precisamos de tranquilidade e apoio", disse Tirone em entrevista à rádio Bandeirantes. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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