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Para presidente da CBF, Guardiola é só para clube
SELEÇÃO
Marin diz que um ano e meio é tempo suficiente para novo técnico
Na continuação da entrevista, Marin evita falar sobre a briga com Andres Sanchez e diz que demitiu Mano Menezes no momento certo.
O presidente da CBF afirma ainda que nem sequer cogitou contratar o catalão Pep Guardiola, ex-treinador do Barcelona, "porque ele é um técnico de clube, não de seleção". (FERNANDO RODRIGUES)
Folha - Houve algum contato do sr. com Abel Braga?
José Maria Marin - Como eu disse, não quero mexer com a estrutura dos clubes brasileiros. Não acho correto.
Um ano e meio é tempo suficiente para preparar a seleção para a Copa do Mundo?
É mais do que suficiente. Não tenho a menor dúvida.
Mas não teria sido melhor, se essa era a intenção, demitir o técnico Mano Menezes antes?
Foi no momento certo. O Mano, neste final de ano, certamente receberá muitas propostas de trabalho. O calendário do futebol ajuda.
Milton Cruz, auxiliar técnico do São Paulo, será convidado a integrar a comissão técnica?
Repito que não quero mexer nas estruturas do clubes.
Como será o seu método de trabalho com Scolari?
Ele terá acesso direto ao presidente da CBF. Terá total liberdade na montagem do time e nas convocações. Ele terá independência total, mas continuarei a ver a lista de convocados antes de sua divulgação. Já disse que não quero empresários de jogadores no hotel onde a seleção esteja hospedada.
O sr. chegou a cogitar convidar Pep Guardiola para ser o técnico da seleção?
Eu respeito o Guardiola, mas ele é um técnico de equipe, não de seleção. O Brasil foi campeão mundial cinco vezes com técnicos brasileiros. Enquanto eu for presidente da CBF, o técnico será um brasileiro.
Houve um desentendimento entre o sr. e Andres Sanchez?
Eu respeito o posicionamento dele e fiquei esperando a carta que ele disse que enviaria. A carta chegou, muito educada. A CBF estará de portas abertas para ele.
Mas o sr. queria que ele tivesse saído antes?
Prefiro não entrar nesses detalhes.
O ex-jogador Romário tem defendido a sua demissão do cargo de presidente da CBF...
Quando eu cumprir com a minha missão, eu saio. Meu mandato vai até 2015 [a eleição será em abril de 2014].
No sábado, no evento da Copa das Confederações, o sr. estará com a presidente Dilma Rousseff. O que vai dizer a ela?
Eu estou só preocupado com o futebol, com a seleção brasileira e com a CBF.