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Tite aposta em sistema de 2 anos na decisão
MUNDIAL DE CLUBES
Treinador afirma que repetição é fundamental
Após derrotar o japonês Kashiwa Reyson e alcançar a final do Mundial de 2011, o técnico Muricy Ramalho mexeu no Santos para tentar fazer frente ao Barcelona.
Mas o zagueiro a mais que o treinador lançou a campo não impediu a goleada sofrida pelo clube brasileiro no Mundial do ano passado.
Para Tite e os jogadores, o Corinthians não deve e não vai alterar sua maneira de jogar na decisão de domingo. Não importa se o adversário será o bilionário Chelsea, campeão da Copa dos Campeões, o torneio interclubes mais badalado do mundo, ou o mais modesto Monterrey, vencedor da competição semelhante da Concacaf.
"Esse sistema [tático] é da equipe há dois anos. O time vem atuando com essa situação há dois anos. Mudam-se as características, mas não muda o desempenho, pois repetição é fundamental", disse o treinador, ontem, após o magro 1 a 0 sobre o Al Ahly, representante africano.
Os jogadores estão de acordo com a decisão do técnico.
"É claro que podemos melhorar, jogar melhor, não devemos recuar tanto, principalmente no segundo tempo", disse o zagueiro Paulo André. "São lições que ficam para a próxima partida. Mas o importante é que estamos na final", completou ele.
"Lógico que pode melhorar, nos preocupamos demais com a parte defensiva depois do gol. Agora a ansiedade da estreia já passou e é esperar pelo próximo adversário, corrigir os erros e fazer uma partida melhor", afirmou o atacante Emerson.
Ele inclusive deixou clara qual é a sua preferência: prefere jogar contra o Chelsea e assim concretizar o confronto no qual atletas, treinador e torcedores do Corinthians pensam há meses.
"Sinceramente, não vou secar o Chelsea, não. Que venha o Chelsea. Acho que fica mais bonito, fica mais bonito para vocês da imprensa cobrirem o jogo e mais atrativo para o torcedor. Não que eu esteja escolhendo o Chelsea, mas que venha", opinou.
Apesar do discurso de continuidade do treinador, a formação tática utilizada pelo Corinthians no Japão é diferente da apresentada na campanha que levou à conquista do título da Libertadores.
Contra os adversários da América do Sul e ainda sem ter contratado o peruano Guerrera, o técnico corintiano preferia abrir mão de um homem de área na frente para escalar um ataque formado por jogadores de mais movimentação.
Abertos pelos lados do campo, Emerson e Jorge Henrique tinham a missão de abrir espaço nas defesas rivais para as entradas de Danilo e Paulinho.