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Jogo reúne no Japão pai e filho que não se viam havia seis anos
DOS ENVIADOS A TOYOTADe cabelos brancos arrepiados por causa do vento frio, agasalho do Corinthians e segurando uma bandeira, Irani Batista dos Santos, 67, não parava de comemorar na porta do estádio, antes mesmo do início da partida.
Além de ver seu time estrear no Mundial, reencontrara o filho, residente do Japão e a quem não via havia seis anos. "Meu filho me deu de presente", contou emocionado, apontando para um dos homens na roda ao lado.
Dois de seus quatro filhos estavam ali, assim como outros parentes. João, 44, mora no Japão há seis anos e trabalha numa empresa de trator. Silvio, 31, reside há 12 em Taketoyo, próximo a Toyota, na província de Aichi.
Perguntado se era sua primeira vez no Japão, Santos respirava fundo para não chorar. "Não consigo nem falar direito... É a primeira vez. Meu filho que pagou tudo", disse, lágrimas nos olhos.
Silvio diz que acompanha o Corinthians pela TV por assinatura, em partidas de madrugada mesmo. Ver seu time em Toyota é uma oportunidade única. E um presente sob medida para o pai, fanático torcedor e morador da zona leste de São Paulo. No ano que vem, mesmo que o Corinthians vá ao Mundial, a competição será no Marrocos.
Após os jogos em Toyota e Yokohama, Santos vai ficar ainda mais três meses no Japão. E, para ele, não resta dúvidas sobre quem propiciou a reunião familiar: "O Corinthians nos uniu aqui". (LR E SM)