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Pesagem na véspera de luta será adotada a partir de 2013

JUDÔ
Teste será feito antes de competição, que permitirá a atletas competir acima de peso oficial

EDUARDO OHATA DE SÃO PAULO

A polêmica da disparidade de pesos entre atletas, que já assombra os ringues de boxe e os diversos palcos do MMA, causada pela pesagem à véspera, e não no dia, da competição, entra agora no tatame. Tal prática prejudica a saúde.

A novidade faz parte de um pacote de regras que entram em vigor a partir de fevereiro do ano que vem, de maneira absolutamente experimental.

As novidades no regulamento serão discutidas pelo comitê executivo da FIJ (Federação Internacional de Judô) antes do Mundial do Rio, que acontece em agosto, e serão reprovadas ou mantidas.

"Essa regra que permite a pesagem na véspera [das lutas] é um retrocesso. Promove injustiças, além de fazer um mal terrível à saúde", argumenta Ney Wilson, coordenador técnico da CBJ (Confederação Brasileira de Judô).

"Se o Brasil consegue controlar o peso de seus atletas [do judô], por quê os outros países não fazem o mesmo?"

Nos Jogos Olímpicos deste ano, a confederação levou a Londres duas nutricionistas.

Desde que o boxe adotou a pesagem à véspera da luta, os pugilistas passaram a utilizar o estratagema de forçar a perda de peso, ao se submeter a fortes dietas, à diminuição do consumo de líquidos, à sauna e uso de diuréticos, entre diversos outros meios.

REIDRATAÇÃO

Após a pesagem, os atletas tratam de se reidratar. Alguns membros de seus respectivos estafes ficam próximos à balança com isotônicos ou garrafas com sopa para iniciar esse processo o mais rápido possível após a pesagem.

O resultado é que, no momento do combate, alguns lutadores sobem ao ringue com cinco quilos, ou até mais, do que seus adversários, o que torna esses duelos desiguais.

A prática de fazer o peso oscilar para cima e para baixo, tal qual um ioiô, já foi condenada por fisiologistas, que apontam que o método, no longo prazo, traz prejuízos à saúde dos atletas.

Nem no próprio dia da competição, caso elas se estendam por largo período.

Há dois pontos que foram considerados positivos pela comissão técnica da CBJ: o veto à pegada na perna dos adversários, e o tempo de imobilização, que foi diminuído.

"Agora sob nenhuma circunstância você poderá segurar a perna [do rival]. Pelo menos isso ficou totalmente claro, diminuindo a possibilidade de erro", elogia Wilson.

De fevereiro a agosto, somente um árbitro, ao contrário de três, poderão permanecer no tatame. As punições mudam. Duas advertências não rendem mais yuko (pontuação mínima) para o rival do infrator. O golden score (prorrogação) perde o limite para acabar.


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