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Juca Kfouri
Promessas de 2013
Mais que compromissos irrealizáveis, o ano que vem promete é muita graça no futebol
ANO DIVERTIDO esse que começa amanhã.
Até o Paulistinha terá uma graça especial, porque o do possível, e provável, inédito, no profissionalismo, tetra do Santos. Se o Paulistano de Friedenreich, em 1916/17/18/19, conseguiu o que o Santos de Pelé bateu na trave duas vezes nos anos 60, caberá a Neymar comandar a façanha, facilitada por encontrar o Trio de Ferro na Libertadores.
Libertadores que deverá ser a graça maior do ano paulista e brasileiro. Não bastasse a possibilidade de termos Corinthians, Palmeiras e São Paulo outra vez na disputa do torneio continental como em 2006, ainda a esses gigantes poderão se somar outros três: o campeão nacional Fluminense, o redivivo e vice-campeão Galo, além do Grêmio.
Com um pouco de sorte teremos embates para torcedor algum botar defeito, lembrando que, entre os rivais de fora, estará o Boca Juniors.
Sem nenhum ufanismo é possível imaginar mais um campeão continental brasileiro e a final entre dois times daqui, tal a disparidade de investimentos que hoje se dá entre nossos clubes e os da América do Sul -os três mexicanos que participarão, no papel ridículo de café com leite, não fazem parte do pelotão mais rico do país norte-americano.
Em bom português, é enorme a chance de termos um time do patropi no Marrocos em busca de um título ainda inédito para Flu, Galo e Palmeiras e conhecido de Corinthians, São Paulo e Grêmio, embora os gaúchos não o tenham sob organização da Fifa.
Que organizará, também em 2013, a Copa das Confederações, no Brasil.
Já sabemos que teremos estádios aptos e boa parte dos legados esquecidos. (Vamos sabendo, oficialmente, a cada dia, embora soubéssemos desde sempre, porque não precisava ser gênio para sabê-lo.)
Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio e Salvador serão as sedes por onde desfilarão os campeões mundiais e europeus espanhóis; os vice-campeões europeus italianos; os mexicanos campeões da América do Norte, Central e do Caribe; os uruguaios, campeões da América do Sul; os folclóricos taitianos, campeões da Oceania; os japoneses, campeões asiáticos, e um time africano que será conhecido no começo de fevereiro. Além, é claro, da seleção brasileira anfitriã.
Sem esquecer que a Copa do Brasil terá todos os grandes; que o Brasileirão cada vez mais terá de fazer parte do sonho de quem realmente quer ser poderoso; que a Sul-Americana é um caminho interessante; e que até a Recopa Sul-Americana será atraente, simplesmente por reunir os dois times de maior rivalidade em São Paulo hoje, os campeoníssimos Corinthians e São Paulo.
Ah, sim, e quem disse que a Série B é secundária?
Finalmente, como prova dos melhores votos para o seu 2013, esta coluna para um mês.