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Milan não reduz valor, e Robinho ficará na Europa até meio do ano
SANTOS Reunião não faz italianos desistirem de pedir R$ 27 milhões
O técnico do Milan, Massimiliano Allegri, disse ontem que Robinho não deixará o Milan antes de julho. Santos e Atlético-MG tinham interesse em contratar o atacante.
"Estou feliz que Robinho ficou. Ele não treina há três semanas, então precisará de tempo para recuperar a forma", disse Allegri.
O treinador ressaltou que o atleta ainda quer voltar para o Brasil, o que talvez ocorra na janela de transferência do meio da temporada.
Anteontem à noite, em São Paulo, o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, reuniu-se com diretores do Santos, mas não houve acerto com relação ao valor para a compra do jogador.
Galliani informou aos santistas que não pode diminuir a quantia pedida para liberar o atleta -€ 10 milhões (cerca de R$ 27 milhões).
O Santos pretendia conseguir um valor menor, de aproximadamente R$ 18 milhões, e pagar de forma parcelada, já que gastará outra fortuna para tirar Montillo do Cruzeiro (cerca de R$ 27 milhões). O Milan também não concordava com o parcelamento.
PROTAGONISTA
Mesmo sem Robinho, o técnico Muricy Ramalho acredita que, ao contrário do que ocorreu no último semestre, Neymar não será o único protagonista da equipe.
"Não vai ser só a contratação do Montillo. Teremos outras opções, e o Neymar vai ter mais facilidade. Estão chegando jogadores de nível."
Em 2013, o Santos pode ficar sem disputar um torneio internacional pela primeira vez em três anos. Algo raro nos tempos de Neymar.
Ausente da Libertadores, a única possibilidade seria a Copa Sul-Americana, mas o time só irá disputá-la se for eliminado antes das oitavas de final da Copa do Brasil.
Em 2009, quando Neymar estreou, o time também não disputou torneios continentais. No ano seguinte, participou da Sul-Americana, mas caiu ainda na fase nacional. Depois, vieram duas Libertadores -incluindo o título de 2011- e o Mundial de Clubes.
Outro desafio para Neymar será a possível maratona.
O Santos terá, no mínimo, 61 jogos no ano e pretende contar com o craque o máximo possível. Pela seleção, serão ao menos 15 jogos, entre amistosos e Copa das Confederações, caso Luiz Felipe Scolari o convoque em todos.