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FUTEBOL
Contra o Vitória, destros da equipe paulista buscam consolidar nova fase em que têm colaborado mais para os gols
Direita corintiana joga para fazer nome
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Chega de ficar na sombra enquanto os companheiros canhotos recebem os afagos de torcedores e dirigentes. O lateral Rogério
e o meia-atacante Leandro esperam consolidar hoje, na partida
contra o Vitória, o novo status do
setor direito do Corinthians.
A partir das 18h, no Pacaembu,
eles tentam comprovar a qualidade do lado destro, que passou a
ser mais eficiente do que o badalado setor esquerdo da equipe do
técnico Geninho no ataque.
Dos 22 gols do Corinthians neste Brasileiro, nove (40,9%) aconteceram graças a lances pela direita, segundo o Datafolha.
A esquerda, geralmente citada
pelos rivais como o ponto mais
forte do time de Geninho, foi responsável por seis tentos (27,3%).
Dos laterais da equipe, Rogério
é o que deu mais assistências Brasileiro-2003. Já fez três passes para
gols, contra apenas um do canhoto Kléber, mais cotado para a seleção, que será convocada terça-feira por Carlos Alberto Parreira.
Rogério fez também três gols.
Kléber balançou a rede uma vez.
O lateral-direito também faz
mais cruzamentos que o seu colega da esquerda: 6,3 contra 3,9.
"Uma peça fundamental para a
evolução do lado direito é um jogador que não aparece para torcida: o Leandro", disse Rogério.
Segundo o lateral, a mudança
feita por Geninho, que pediu para
Leandro jogar mais recuado, no
meio-campo, o ajudou.
"Antes, eu não tinha ninguém
que jogasse bem próximo de
mim. Agora ele me ajuda a atacar
e a marcar", explicou ele.
Entre os titulares, Leandro é o
corintiano com melhor desempenho nas trocas de bola. Ele acerta
91,7% dos passes.
"Fui contratado pelo Corinthians para ser atacante, mas não
estava jogando tão avançado como no Botafogo-SP. Jogar recuado tem sido bom para tabelar e
dar mais uma opção de jogada ao
time", afirmou o meia-atacante.
Ele disse não sentir falta do reconhecimento da torcida. "O importante é os companheiros e a
comissão técnica saberem da minha importância."
Enquanto Rogério e Leandro
comemoram o fato de serem mais
úteis ao time, Kléber e Gil respiram mais aliviados. Os dois dizem
estar menos sobrecarregados.
Porém Gil ainda é o que mais
apanha, com uma média de 6,1
faltas recebidas por jogo, e o mais
acionado, recebendo 39,6 passes.
"Mas agora os adversários têm
de se preocupar também com a
direita. Assim, a gente ganha espaço na esquerda", disse Kléber.
NA TV - Sportv, às 18h, ao
vivo, só para o RJ
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