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BASQUETE
Empresários internacionais põem brasileiros em torneios de exibição na Europa e nos EUA
Agentes garimpam novos Nenês
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O sucesso conseguido por Nenê
em sua primeira temporada na
NBA tem motivado os agentes internacionais a intensificarem sua
atuação no Brasil. Hoje, pelo menos três empresas investem no
país para tentar levar jogadores
para a Europa ou os EUA.
A companhia com atuação mais
antiga é a Martin & Maffia, que,
neste ano, tenta encaixar Anderson Varejão na NBA. O ala-pivô
do Barcelona aparece bem cotado
para conseguir uma vaga na liga.
Segundo um site especializado
(www.nbadraft.net), Anderson,
primeiro brasileiro a ganhar a Euroliga, seria a 21ª escolha do draft.
"Atuar na Europa ampliou muito a visibilidade do Anderson. Cada jogo do Barcelona nas finais da
Euroliga era presenciado por uns
20 olheiros da NBA", conta Luis
Martin, da Martin & Maffia.
Responsável pela transferência
de Nenê para o Denver, José Santos, que trabalha para o americano Michael Coyne, agora tenta colocar Leandrinho, ex-Bauru, na
NBA. Há quase dois meses nos
EUA, o armador já fez testes em
vários times, como Chicago, Milwaukee, Boston e Golden State.
"O Leandrinho treinará em
quase todos os times", diz Santos,
que também levou o ala Jefferson,
outro ex-atleta do Bauru, para jogar uma liga de verão pelo Seattle.
A Sola Sports, do espanhol Miquel Sola, é a mais nova empresa a
abrir representação no país. Com
um escritório em Maringá (PR), a
companhia mandará, na próxima
terça-feira, o pivô André Bambu
(Uniara) e o armador Marcelinho
(Pinheiros) para atuarem em uma
liga de verão espanhola pelo Leche Rio Breogán, de Lugo.
"Há pelo menos dois times interessados no André Bambu. As
chances de ele ser aproveitado na
Espanha são grandes", conta Vinícius Fontana, um dos brasileiros que trabalham para Sola.
A empresa agencia algumas estrelas da Espanha, como o armador Juan Carlos Navarro (Barcelona) e o ala-pivô Maciej Lampe
(Real Madrid), apontado como
uma das prováveis primeiras escolhas do próximo draft da NBA.
Atletas mais rodados, como o
pivô Michel, que já atuou pela seleção, também tentam vaga na Espanha -ele fará testes no Girona.
"Mas nossa prioridade é tentar
encaixar o Michel na NBA", diz
Rodrigo Sperandio, outro agente
da Sola Sports no Brasil.
Para isso, o pivô deixou o Minas
durante o Nacional -nem pegou
o Ribeirão, pelas semifinais do
torneio- e viajou aos EUA, onde
jogará em outra liga de verão.
Atletas quase desconhecidos no
Brasil, que estavam nos EUA,
também tentam vaga na Espanha.
É o caso do armador Guilherme
Luz, ex-Franca, e do pivô Pablo
Broering, da Universidade do Havaí, que treinarão no Valencia. A
colônia brasileira contará até com
o juvenil Felipe Sarno, do Franca,
requisitado pelo Barcelona.
"O mercado está mais aberto
aos brasileiros, mas ainda estamos verdes. Temos potencial para
encaixar tantos atletas no exterior
quanto a Argentina", diz Fontana,
referindo-se ao rival sul-americano que conta com quase toda a
sua seleção atuando fora do país.
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