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VÔLEI
Equipe brasileira joga bem, mas perde para a favorita China, e hoje enfrenta a desconhecida Austrália no Mundial
Seleção cai em seu maior teste da 1ª fase
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de sofrer sua primeira
derrota ontem, para a China, em
seu teste mais duro até agora no
Mundial da Alemanha, a seleção
brasileira tem hoje sua maior
"moleza" na primeira fase.
O time nacional enfrenta as australianas, às 12h, em Leipzig. A
equipe, sem tradição no vôlei
mundial, é quase desconhecida
das brasileiras. A principal referência é a atuação da Austrália
nos Jogos de Sydney, em 2000
-em sua primeira participação
olímpica, ficou na nona posição.
"Minha impressão é de que a
Austrália é a equipe mais fraca do
grupo. Não conhecemos bem o time. Nossa última referência é a
Olimpíada de Sydney", disse o
técnico Marco Aurélio Motta.
A seleção faz seu jogo considerado mais fácil da primeira fase
após passar por seus dois maiores
rivais. Na estréia, o time venceu
com facilidade a Polônia, considerada a partida-chave no Grupo D
-conta ainda com Grécia, China,
Austrália e Tailândia.
O confronto de ontem com as
chinesas era o mais difícil teste.
Vencer a favorita ao título era
missão quase impossível. E, como
esperado, o Brasil perdeu por 3
sets a 1, parciais de 25/23, 23/25,
25/17 e 25/23. O placar foi o mesmo dos dois confrontos entre as
equipes no Grand Prix deste ano.
Mas, apesar do resultado negativo, o time brasileiro jogou bem.
Menos ansioso do que na estréia,
teve tranquilidade para reagir
quando estava em desvantagem e
para trabalhar os contra-ataques.
As reservas também tiveram
papel fundamental. Motta mexeu
no time em todos os sets, e Sheila,
Soninha, Marina Daloca e Arlene
tiveram boa atuação.
"Mostramos que temos condições de ganhar da China. Faltou
tranquilidade em alguns momentos hoje [ontem", mas temos certeza de que vamos nos sair melhor
da próxima vez", afirmou Arlene.
Para o técnico, o saque foi o
principal destaque da atuação do
Brasil. O bloqueio, principalmente nas pontas, no entanto, fracassou. "A defesa chinesa fez a diferença nos momentos decisivos."
No primeiro set, o Brasil manteve o jogo equilibrado até o empate
em sete pontos. Mas as chinesas,
com mais consistência em quadra, abriram pequena vantagem.
O time brasileiro ainda tentou
reagir, mas perdeu por 25 a 23.
Na segunda etapa, com a oposto
Sheila no lugar de Luciana, a seleção saiu na frente. Mas, errando
muito, permitiu a virada chinesa
-22 a 20. Motta colocou então
Arlene no lugar de Paula Pequeno, e o time virou: 25 a 23.
Na terceira etapa, o Brasil voltou
a mostrar insegurança e errar
muito. Sheila continuou no time,
Soninha entrou, mas as alterações
não surtiram efeito. O saque não
funcionou como no set anterior.
Com isso, a China teve facilidade
para abrir dez pontos de vantagem, até fechar em 25 a 17.
Motta voltou com Luciana para
o quarto set. Em boa parte da disputa, jogou também com Sheila e
sacou a ponta Sassá.
O Brasil esteve bem até o empate em 14 pontos, mas deixou a
China abrir. Motta voltou a mexer
na seleção. Arlene, Marina Daloca
e Soninha entraram, e a equipe esboçou uma reação -22 a 22.
Mas as chinesas, apesar de cometerem muitos erros -cederam 28 contra 20 do Brasil-,
mantiveram a superioridade.
A China lidera o Grupo D.
ATUAÇÕES - Marcelle (3 pontos), Sassá
(8), Karin (13), Valeskinha (5), Paula Pequeno
(14), Luciana (4), Fabi (líbero); Soninha (1),
Sheila (11), Arlene (0), Marina Daloca (1)
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