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FUTEBOL
Euro Copa
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Sábado começa tudo de novo.
As seleções européias voltam
a campo para valer. Eliminatórias da Euro-2004. Exceção feita a
Portugal, anfitrião do torneio, pode-se rever um pouco da Copa.
Há ""galinhas mortas" nos dez
grupos, mas todos os jogos são
""chave". Será tiro curto. Cada time faz oito partidas. Alguns confrontos são cruciais, mas o saldo
de gols provavelmente definirá
vagas (atenção com os pequenos).
Não há tempo para recuperação.
A porrada que a França levou
foi dura. O time tem muita força
para se levantar, mas sua retomada de consciência já esbarrou na
Tunísia (empate em 1 a 1) e em
declarações nada animadoras do
novo técnico, Jacques Santini (""os
jogadores estão abalados"). O time estréia fora contra Chipre (!).
O Grupo A tem ainda a Eslovênia, que leva de novo Zahovic.
A única equipe do Grupo 2 que
foi ao Mundial é a Dinamarca. É
a favorita, até por estar mantendo boa base (e por Sand manter
boa média de gols). A decadente
Noruega não incomoda, mas a
Romênia, nas mãos Iordanescu e
nos pés de Chivu, é pedreira.
A briga começa com a Noruega
recebendo a vizinha Dinamarca.
A Holanda, vivendo transição
(envelhecem os De Boer, nascem
Van der Vaart e Van der Meyde),
topou no Grupo 3 talvez com seu
maior algoz: a República Tcheca.
Dá para apostar no segundo time.
O primeiro mostrará sua nova cara (a nova camisa é demais, para
variar) contra Belarus no sábado.
Suécia, boa surpresa na Copa, e
Polônia, péssima lembrança do
Mundial, tentam evitar o renascimento da Hungria no Grupo 4. Os
suecos (dois técnicos) estão dando
vez a jovens de peso (leia-se Ibrahimovic), e a Polônia só dá vez a
seu nigeriano (leia-se Olisadebe).
Estréiam contra rivais fracos.
A Alemanha usou a Copa para
se reerguer. Começa a Euro contra a Lituânia fora de casa de cabeça em pé (inclusive Kahn). Respeito de volta, não será a Escócia,
a segunda força da chave 5, que
impedirá a classificação alemã.
Grécia x Espanha. Mesmo com
juiz honesto, a Fúria pode perder
os nervos na estréia. Os gregos
vêm de 1 a 0 na Romênia fora de
casa e, entre Atenas-2004 e clubes
ascendentes, estão animados.
Não será mole para o time de Iñaki Sáez (Camacho era mais fácil).
A Ucrânia de Shevchenko, que
ainda não emplacou, está na espreita nesse Grupo 6.
Inglaterra ou Turquia. Um passa, o outro luta na repescagem.
Arrisca alguma coisa na chave 7?
Scolari pode dar um bom palpite.
Bom, os turcos largam na frente
(pegam a Eslováquia em casa).
Nada é mais equilibrado que
Bélgica, Bulgária, Croácia, Estônia e Andorra (8). Belgas e croatas mostraram suas curvas (ascendente e descendente, respectivamente) na Copa. Isso pode mudar até 2004, mas, como já disse,
não há tempo para recuperação.
A Bélgica recebe logo a Bulgária.
Itália é igual sofrimento. Iugoslávia e Finlândia merecem muito
respeito -a Eslovênia já bateu a
Azzurra fora de casa há alguns
dias. O candidato claro à classificação no Grupo 9 é também postulante certo ao drama (esse já
começa fora contra o Azerbaijão).
No Mundial, a Irlanda sorriu, a
Rússia chorou. Não será difícil ver
esse filme de novo na chave 10
(aliás o filme já pode passar no
sábado em Moscou). Da Suíça pode se esperar qualquer reação.
Já estava com saudade de ver
jogos para valer de seleções? Não?
Bom, quase toda a Europa está.
Itália
O Italiano pode ter atrasado, mas a venda de carnês para os jogos
aumentou 8% em relação à temporada passada. Mais de 292 mil já
foram vendidos (mais de 16 mil por clube, em média). A Roma é
quem mais vendeu (46.500). Depois vem a Inter (41.991).
Azerbaijão
No Brasil amarelaram, mas lá dez dos 11 times da elite romperam
com a federação e criaram a Azerbaijão Premier League.
Japão
Após a Copa, a J-League comemorou aumento de público. Mas o
embalo acabou. A média de público por jogo caiu para 16.816 pessoas (na temporada passada, no mesmo período, era 17.545).
África do Sul
Será sede solitária da Copa-2010. Não aceita um co-anfitrião.
E-mail rbueno@folhasp.com.br
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