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Com 5 desfalques, gaúchos confiam em tática
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Com seu jeito ponderado e didático, o técnico Tite, do Grêmio,
chega às semifinais do campeonato fortalecido após ter sofrido as
primeiras e isoladas contestações
por parte de setores do clube.
Motivo principal das críticas: a
insistência em manter o esquema
tático 3-5-2, cuja eficácia tão contestada no Brasil levou o país ao
pentacampeonato mundial.
Em nenhum momento, nem
mesmo quando o Grêmio visitou
a faixa de rebaixamento, no início
do torneio, Tite abriu mão de suas
convicções. O motivo está em
duas frases repisadas à exaustão:
""Futebol se ganha com repetição"
e ""Só saio do Grêmio no dia em
que o Grêmio não me quiser".
Pois é justamente a dificuldade
de repetição que sustenta a principal queixa do treinador. Nunca,
neste campeonato, ele conseguiu
repetir um mesmo time. Pelo menos, manteve a concepção tática.
Mesmo assim -e apesar de não
ter zagueiros de ofício no grupo
principal-, Tite conseguiu ter a
melhor defesa do campeonato.
Em 27 jogos até agora, sofreu apenas 29 gols, o que dá uma média
de 1,07 gol por partida.
Com as ausências de hoje, por
exemplo, o Grêmio não terá seus
dois volantes titulares e todo o lado esquerdo da defesa. Nos jogos
contra o Juventude, os problemas
estavam no lado direito -com os
desfalques, então, de Ânderson
Lima, Tinga e Luís Mário. Ou seja,
os problemas só variam de lugar.
Além de Gilberto (ala-esquerdo), Roger, zagueiro pela esquerda cuja posição de origem era lateral, está suspenso por ter levado
o terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Juventude, na quarta.
Mas Tite não abre mão: manterá a formatação 3-5-2, e os três zagueiros que jogarão são Anderson
Polga, Claudiomiro e Adriano.
A dupla de volantes será formada por Emerson (substituto natural do suspenso Gavião) e Lauro
(no lugar do contundido Tinga).
A opção por Lauro ocorre em razão de ele ser um jogador mais rápido, com mobilidade maior que
a de Fernando, outro jogador que
poderia entrar na equipe. Essa escalação procura fazer com que a
equipe fique o menos descaracterizada possível.
As ausências de Gilberto e Tinga
representam um problema, também, na armação das jogadas, o
que tem repercussão na defesa e
no ataque. Na defesa, porque a
contenção da bola no meio se torna mais difícil, e a bola retorna
mais fácil quando perdida. No
ataque, porque a produção é menor -os dois são responsáveis
pela maioria das jogadas.
Também no ataque há um desfalque na equipe: Luís Mário, com
uma fratura na mão direita. No
seu lugar, deverá jogar César.
""Teremos a humildade de fazer
uma marcação especial sobre
Diego e Robinho, para evitar uma
surpresa", diz o ala-direito Ânderson Lima, um ex-santista.
""O empate é um bom resultado
para nós, principalmente porque
estamos com desfalques importantes", conclui o meia Rodrigo
Fabri, também ex-santista.
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