|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AUTOMOBILISMO
Com pilotos e times que abandonaram a maior concorrente, categoria abre sua temporada mais estrelada
"Verdadeira Indy", IRL dá a partida hoje
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A HOMESTEAD
Em 1996 eram apenas cinco etapas, todas nos EUA, e 20 pilotos,
nenhum com projeção no cenário
internacional. Hoje, sete anos depois, a IRL (Indy Racing League)
inaugura sua temporada mais internacional e estrelada.
As 300 Milhas de Miami, que
acontecem a partir das 15h (de
Brasília), dão a largada para uma
verdadeira revolução na categoria. Serão novas equipes, novos
circuitos, novos pilotos, novos
fornecedores, novos países.
E, para garantir o sucesso, a IRL
apostou numa fórmula que tem
dado certo. Manteve a "competitividade" que sempre pregou
-diminuiu e estabeleceu um teto
para a potência de seus motores,
por exemplo- e "importou"
uma série de coisas da rival Indy,
que enfrenta sua maior crise.
Para se ter uma idéia da dimensão da mudança, basta comparar
os pilotos inscritos para esta primeira etapa do campeonato -serão 16 corridas no total- com os da primeira temporada.
Desapareceram nomes como
Mike Groff e Dave Kudrave e hoje
aparecem Hélio Castro Neves, Gil
de Ferran, Michael Andretti e Dario Franchitti, entre outros.
Entre as equipes, saíram as desconhecidas Blue Print e Glidden
para dar lugar a Penske, Ganassi,
Andretti-Green e Rahal -essas
três últimas fazem sua estréia hoje. No grid de largada em Miami,
por exemplo, metade dos times
vieram da Indy nos últimos anos.
Chegaram também as gigantes
Honda e Toyota, que prometem
equilibrar a disputa pelo título
deste ano e acabar com a hegemonia dos motores da Chevrolet, que
fez o campeão do ano passado
-o americano Sam Hornish Jr.,
da Panther, que tenta o tri.
A primeira vai equipar, entre
outras, a Andretti-Green, e a segunda, a Penske e a Mo Nunn.
Conhecida por ser uma categoria tipicamente americana, a IRL,
que só corre em ovais, escolheu o
Japão para receber sua primeira
corrida fora dos EUA. A prova,
dia 13 de abril, será em Motegi,
pista de propriedade da Honda.
E as novidades não param por
aí. Pequenas coisas revelam a mudança de status da IRL. As acomodações para convidados -os
"hospitality centers"- aparecem
cada vez em maior número no
paddock, assim como os locais
para a imprensa, que ganhou
mais espaço -a corrida de hoje
só perde para as 500 Milhas de Indianápolis em número de jornalistas credenciados.
Até para os pilotos essas mudanças ficaram bem evidentes.
"Quando cheguei aqui na quinta-feira fiquei surpreso com a quantidade de gente e de caminhões
que tinha no paddock. A diferença foi notável", disse Felipe Giaffone, o brasileiro que está há mais
tempo na categoria.
"A IRL se transformou no que
era a Indy há uns dois anos", resumiu o piloto da Mo Nunn.
Agora, é esperar para ver.
A jornalista Tatiana Cunha viaja a convite de Hélio Castro Neves, Gil de Ferran, Tony Kanaan e Felipe Giaffone
NA TV - 300 Milhas de
Miami, ao vivo, às 15h,
na Sportv
Texto Anterior: Futebol: Time de brasileiros tenta recuperação Próximo Texto: Memória: Racha há 9 anos originou criação de liga paralela Índice
|