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FUTEBOL
Corinthians defende tabu de quatro anos contra Palmeiras no dia em que 12 atletas devem fazer estréia no clássico
Rivais expõem debutantes por atacado
DA REPORTAGEM LOCAL
O jogo que matará a saudade
dos torcedores de assistirem ao
clássico entre Corinthians e Palmeiras, hoje, às 16h, no Morumbi,
será disputado por uma legião de
estreantes nesse duelo.
Juntos, os dois times podem
mandar a campo, no início da
partida, 12 atletas que jamais participaram desse confronto desde
que se tornaram profissionais.
Os corintianos defendem um
tabu de quase quatro anos sem
perder para o maior rival e devem
ter no gramado sete titulares que
nunca disputaram o clássico.
O zagueiro Anderson, o volante
Rincón, o meia Renato -que
atuará improvisado na lateral esquerda- e o atacante Gil são os
únicos que já sentiram o gosto de
enfrentar o Palmeiras.
Porém nenhum deles estava em
campo na última derrota corintiana para os palmeirenses, no dia 8
de junho de 2000, pelas semifinais
da Taça Libertadores. O Palmeiras venceu por 3 a 2, triunfou na
disputa de pênaltis e foi à final.
O corintiano Rogério, que está
contundido e deve ficar fora do
jogo de hoje, atuou na ocasião,
mas com a camisa do Palmeiras.
Na equipe de Picerni, a situação
não é muito diferente para o clássico. Ele também pode mandar
para o jogo quase meio time de
calouros: Nen, Gláuber, Marcinho, Lúcio e Vágner.
"Não tem mistério. Vai dar
aquele friozinho na barriga, a ansiedade de jogar, de chegar logo a
hora da partida, mas no final tudo
entra nos eixos", disse o técnico.
Os jogadores que estrearão no
clássico são atletas que só ganharam espaço nos clubes após a queda palmeirense para a Série B do
Brasileiro, principal motivo do jejum de mais de um ano de confrontos entre os arqui-rivais.
"Não acho uma fria entrar nesse
jogo na situação em que o nosso
time está. É a chance de fazer uma
grande atuação", afirmou o volante Wendel, um dos estreantes
corintianos. Revelado nas categorias de base do clube, ele ficará
com a vaga de Fabrício, lesionado.
Fábio Costa, Coelho, Valdson,
Piá, Rodrigo e Jô também enfrentarão o Palmeiras pela primeira
vez com a camisa corintiana.
O tabu mantido pelos corintianos serve de motivação para os
adversários. Pelo menos é o que
dizem os atletas. "Ninguém gosta
de ficar sem ganhar do maior rival", disse o meia Pedrinho, que
falou pelo time. Ele chegou ao
Parque Antarctica em 2001, quando o tabu já tinha começado.
"Sofri duas derrotas e um empate. Num clássico de tradição,
como é Flamengo x Vasco no Rio,
é sempre bom sair de campo como vencedor", afirmou o meia.
Diferentemente de seus comandados, Picerni evita valorizar a
importância da quebra dessa seqüência. "Não tem esse negócio
de tabu. Aconteceu um monte de
empates nessa série de partidas."
A seqüência favorável ao clube
do Parque São Jorge nos últimos
anos foi construída com quatro
vitórias e três empates.
O técnico corintiano também
não enaltece o tabu. "A única coisa que podemos dizer é que vai ser
um jogo equilibrado. Os dois times estão em momentos parecidos", disse Oswaldo de Oliveira.
O clássico opõe um dos times
mais violentos do Nacional e a
equipe que mais apanha, segundo
o Datafolha. Enquanto o Corinthians é o segundo time que mais
recebeu amarelos (dez) nas três
primeiras rodadas, o Palmeiras é
a maior vítima da violência
-média de 29,7 faltas recebidas.
Seu adversário é o sétimo que
mais bate: 26,3 infrações por jogo.
(RICARDO PERRONE E TONI ASSIS)
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