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Corinthians vende antes e amarga lucro menor
Clube deve ficar sem faturar R$ 2,75 milhões com saída de André Santos
Jogador, que teve 22,5% dos direitos cedidos a empresa, pode ir ao Werder Bremen
por R$ 30 milhões; alvinegro ficaria com R$ 8,25 milhões
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
Depois de deixar de ganhar
cerca de R$ 5,75 milhões com a
venda do atacante Jô para o
Manchester City, o Corinthians agora pode deixar de ganhar pelo menos outros R$
2,75 milhões com uma eventual
negociação do lateral André
Santos para o Werder Bremen.
Segundo o representante do
atleta, o presidente corintiano
Andres Sanchez irá se reunir
nos próximos dias com cartolas
do clube alemão, que oferecem
12 milhões (R$ 30 milhões).
O interesse da equipe alemã
vem desde, pelo menos, o mês
de maio. No entanto, no início
do mês passado, os corintianos,
que possuíam 50% dos direitos
de André Santos, venderam
22,5% de sua parte à empresa
DIS, do grupo Sonda.
Além do lateral, o atacante
Dentinho teve negociado
22,5%, e o zagueiro Renato,
25%. Tudo isso rendeu ao clube
R$ 9 milhões. Segundo cartolas, a parte referente a André no
pacote é de R$ 4 milhões.
Caso ele saia por R$ 30 milhões, o Corinthians receberia
R$ 8,25 milhões. O restante seria dividido pela DIS (R$ 6,75
milhões) e pelo Figueirense,
dono de 50% do lateral, que ficaria com R$ 15 milhões.
Ou seja, mesmo que no pacote Dentinho e Renato tivessem
sido vendidos de graça para a
DIS, a transação só ultrapassaria a venda para o clube alemão
em R$ 1,7 milhão.
O vice-presidente jurídico do
clube, Sérgio Alvarenga, diz ser
contra o negócio, já que o clube
discute na Justiça com o Werder Bremen a venda do meia
Carlos Alberto. "A minha opinião é que não podemos fazer
nenhum acordo com eles enquanto essa situação não se resolver", afirma.
A justificativa da diretoria
para negociar a parte do lateral
é a de que precisava de dinheiro
para quitar parcela com o Lyon
referente à venda do atacante
Nilmar, de R$ 5 milhões.
Entre maio e junho, os cartolas disseram que tinham R$ 8,4
milhões em dívidas extra-orçamentárias. O clube alega não
poder esperar por ofertas melhores porque não tem mais
crédito para negociar empréstimos bancários. Um outro
agravante é que não há o registro do estatuto, exigido pelas
instituições financeiras para liberar o crédito.
Por esse motivo, o Corinthians vendeu 10% dos direitos
de Jô por R$ 2,3 milhões em
maio, em vez de esperar o
CSKA negociá-lo com o Manchester City neste mês.
Se tivesse aguardado, o clube
receberia R$ 5,75 milhões pelo
negócio, de 23 milhões (R$
57,5 milhões). Sem contar ainda que agora pode pedir 3% por
ter sido o clube formador, o que
lhe dará cerca de R$ 1,7 milhão.
Mas, para isso, há um trâmite burocrático, com a apresentação de documentos e custos
com advogados.
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