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VÔLEI
Bicampeão, Osasco cede cinco titulares e o técnico para a seleção feminina e vê rival São Caetano se reforçar em 2003
Seleção altera forças da final do Paulista
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O confronto é o mesmo, mas os
papéis mudaram. BCN/Osasco e
São Caetano protagonizam pela
terceira vez seguida a decisão do
Paulista feminino de vôlei. Só que,
desta vez, o bicampeão não carrega o estigma de favorito.
A equipe cedeu cinco titulares e
o técnico José Roberto Guimarães
à seleção às vésperas do torneio
enquanto via o adversário de hoje, às 20h30, ganhar maturidade.
Azarão em 2001 e com um elenco muito inferior ao do rival no
ano passado, o São Caetano contratou jogadoras mais experientes
para a disputa desta temporada.
A equipe do ABC também deu
mais quilometragem às suas juvenis, conseguiu se tornar uma real
ameaça ao desfalcado Osasco e
aumentar suas chances de quebrar um incômodo jejum de títulos, que perdura desde 1975.
"Nas outras finais, meu time
não tinha experiência, e o grupo
era limitado. Do outro lado da rede ainda estavam jogadoras como
Fernanda Venturini e Virna. Não
tinha como brigar de igual para
igual. Neste ano, o campeonato
todo foi mais equilibrado. Cada
um tem 50% de chance de vencer", disse William Carvalho.
O técnico do ABC, no entanto,
fez uma campanha mais irregular
do que o adversário. Foram nove
vitórias e quatro derrotas.
O Osasco somente conheceu o
placar negativo uma vez, exatamente contra o São Caetano.
Mas, nas finais, a equipe do ex-levantador William encontra um
cenário bem mais favorável.
O técnico, que não pôde contar
com suas quatro primeiras opções no meio-de-rede durante
boa parte do campeonato, ganhou nas finais o reforço de Carol
Gattaz, cortada da seleção.
A central é uma das quatro jogadoras do time do ABC que estiveram nas últimas duas decisões do
Paulista contra o Osasco.
"A final de 2001 foi melhor do
que o esperado. Todos diziam que
nossa equipe nem sequer passaria
das semifinais e chegamos até a
ganhar uma partida [Osasco fechou a série em 2 a 1]", relembrou
ela, que atuava ao lado da meio
Andréia e das pontas Paula e Fabi.
"A história foi diferente em
2002. O BCN tinha uma equipe
realmente superior à nossa e não
encontrou dificuldades para ser
campeão [fechou com duas vitórias por 3 a 0]", completou.
O time de São Caetano cedeu
apenas Walewska, também meio-de-rede, para a seleção. A jogadora não chegou a vestir a camisa da
equipe no Paulista.
O Osasco precisou suprir muito
mais peças para montar o time
que chega a esta decisão.
Em agosto, quando Zé Roberto
convocou a seleção, deixaram o
time o cérebro (a levantadora Fernanda Venturini), as atacantes de
força (as pontas Érika e Paula Pequeno) e sua melhor bloqueadora
(a meio-de-rede Valeskinha).
Mais de um mês depois, novamente para a equipe nacional,
ainda perdeu a oposto Bia, melhor jogadora da última Superliga.
Das sete atletas que têm entrado
em quadra no Paulista, apenas a
meio Daniela e a líbero Veridiana
seriam titulares hoje se o elenco
estivesse completo.
"As meninas da seleção fazem
falta, mas faz tempo que nome
não ganha jogo. Nosso time tem
condições de conseguir um bom
resultado. E é isso que vamos buscar", disse o técnico Paulo Coco,
que não deve contar com a atacante Mari, lesionada, no primeiro jogo da série melhor de três.
NA TV - São Caetano x Osasco,
ao vivo, às 20h30, na Sportv
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