São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011 |
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Gangorra Na Série A em 2012, Portuguesa tentará negar passado de times emergentes, que conseguem o acesso e, logo em seguida, são rebaixados
ADRIANO WILKSON COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A Portuguesa, que em 2012 jogará a Série A do Nacional, já tem um grande desafio: negar o passado recente de times emergentes e se manter na elite do futebol brasileiro. O time do Canindé empatou ontem à noite em 1 a 1 com o Criciúma, resultado insuficiente para que levasse o título antecipado da Série B. Em 2008, a Lusa fez sua única participação na elite nacional desde o início dos pontos corridos, cinco anos antes. Fez campanha ruim, foi vice-lanterna e rebaixada. O formato de pontos corridos, com mais jogos e menos equipes, mostrou-se particularmente cruel aos clubes emergentes, cuja estrutura financeira não consegue fazer frente à dos times grandes. Dos 16 clubes de médio ou pequeno porte que alcançaram o acesso à elite do país desde 2003 (sem contar os que subiram em 2010), 13 não conseguiram se manter por mais de três anos na Série A. Sobem, fracassam e caem. Sete, como a Portuguesa em 2008, duraram somente uma temporada na elite. "Há uma disparidade financeira muito grande entre os times que já estão na Série A e os que sobem", declara Paulo Wanderley, vice-presidente-executivo do Náutico. "É como se os outros tivessem um Fórmula 1, e nós, um fusquinha. É muito desigual." O time pernambucano foi um dos que mais duraram na primeira divisão: três temporadas. Caiu em 2009, mas hoje já está na zona de acesso à elite do ano que vem. A disparidade econômica decorre principalmente do repasse desigual de cotas de TV. O Flamengo, por exemplo, ganha R$ 43 milhões. Já times como o Ceará e o Avaí recebem menos de R$ 13 milhões. A Portuguesa está negociando para conseguir mais. No Canindé, a excelente campanha da atual temporada faz o presidente Manuel da Lupa minimizar o abismo. "A diferença [de repasse] existe mas não pode ser desculpa para não fazer um time competitivo", disse Da Lupa. O plano do dirigente para 2012 é manter a equipe atual e contratar "quatro ou cinco reforços da Série A". Mas a primeira dificuldade vai ser manter o atual elenco. Os principais jogadores já são assediados por times maiores, como o Corinthians, que quer ter o volante Guilherme, principal revelação do ano. Ser competitivo e ter planejamento é fundamental para os emergentes não repetirem a trajetória de clubes como o mineiro Ipatinga, um especialista em altos e baixos. Na Série C em 2006, o time começou uma ascensão meteórica que o levou à primeira divisão. Lá, ficou apenas um ano e começou a cair até voltar à Série C de novo. No mês passado, conseguiu novo acesso à Série B, de onde espera voltar à elite em 2013. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Lusa falha em SC e não antecipa título Índice | Comunicar Erros |
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